Piloto e copiloto são absolvidos após transporte de 435 kg de cocaína

A Justiça Federal absolveu o piloto Wesley Evangelista Lopes e o copiloto Alexandre Roberto Borges, detidos com 435,86 quilos de pasta base de cocaína em um avião. A 2ª Vara Federal de Araçatuba (SP) proferiu a decisão, cuja íntegra está disponível em PDF (288 kB).

O juiz Luciano Silva justificou a soltura dos acusados, alegando que a abordagem policial foi realizada de maneira irregular. A detenção ocorreu em 16 de dezembro de 2024, quando a aeronave realizou um pouso para reabastecimento no aeroporto de Penápolis (SP).

Formulário de cadastro

Leia também:

Polícia captura 8° suspeito da morte de Ruy Ferraz em Itanhaém

Operação do PCC em São Paulo resulta na prisão de 16 pessoas e 110 mandados cumpridos

Região Metropolitana do Recife registra 13 ocorrências de crianças baleadas em 2025, ultrapassando números de Rio e Salvador

A decisão judicial ressaltou que os policiais não justificaram a operação, não explicando como obtiveram as informações. “Somente a prisão, sem a suspeita fundada, acarretaria a nulidade”, declarou.

Luciano Silva também afirmou que “um relatório vago, dúbio, elaborado de forma tardia, que justifica uma investigação sem amarras formais, não pode ser considerado uma verdade incontestável”.

A ocorrência policial comprova que o sequestro foi auxiliado pelo helicóptero Águia 02 da PM e por equipes da Polícia Rodoviária e da PF (Polícia Federal). A aeronave partiu de Aquidauana (MS) com destino a Rio Claro (SP).

Durante a fiscalização em Penápolis, conforme o relato, as autoridades apreenderam a droga, a aeronave e os equipamentos da tripulação. Na abordagem, Wesley informou à equipe policial que receberia R$ 100 mil pelo transporte da carga ilícita. O copiloto, Alexandre, disse que só saberia quanto receberia ao final do translado.

Com a determinação judicial, os dois indivíduos tiveram as custódias cautelares revogadas e foram liberados.

O Poder360 buscou a defesa de Wesley Evangelista Lopes e de Alexandre Roberto Borges por meio de e-mail para solicitar um posicionamento sobre a decisão judicial. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

Esta publicação digital também tentou contato com a PM e PF de Araçatuba, mas, até a publicação desta reportagem, também não obteve resposta.

Fonte por: Poder 360