Investigação da PF Revela Esquema de Corrupção no INSS
Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou que Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-chefe do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), teria recebido R$ 6,5 milhões em propina entre 2022 e 2024. Os pagamentos eram feitos através de empresas de fachada controladas por Cícero Marcelino, ex-procurador-geral do INSS.
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De acordo com a PF, diálogos interceptados mostram o uso de codinomes como “Herói V”, “Amigo V” e “Procurador” em comunicações entre Cícero e Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil).
Lopes é apontado como o líder do esquema de pagamentos ilícitos.
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Operação Sem Deconto e Afastamento de Virgílio
A investigação faz parte de uma nova fase da Operação Sem Deconto, que investiga um esquema bilionário de descontos associativos não autorizados que afetam aposentados e pensionistas do INSS. Virgílio foi afastado de suas funções em abril deste ano e prestou depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS em outubro.
Segundo a PF, o ex-procurador-geral teria endossado um entendimento técnico que resultou no desbloqueio em massa de benefícios para descontos associativos, a pedido da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), uma das entidades implicadas no caso.
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A investigação também aponta que a esposa de Virgílio e sua empresa teriam recebido quantias significativas de empresas ligadas a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, além de repasses suspeitos relacionados a outros familiares.
