A Polícia Federal já preparou uma cela especial temporária para o caso de prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente se encontra em regime de recolhimento domiciliar.
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Localiza-se no térreo da Superintendência da PF no Distrito Federal, situada no Setor Policial de Brasília.
A cela constitui, na realidade, um quarto que foi montado e organizado, com banheiro próprio, cama, mesa de trabalho, cadeira e televisão, semelhante ao espaço que recebeu o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da PF no Paraná, em Curitiba, durante os anos de 2018 e 2019.
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Fernando Collor de Mello, outro ex-presidente, também foi temporariamente preso em uma sala reservada, semelhante a uma cela, em Maceió (AL) – a sala do diretor do presídio estadual.
Especialistas consideram que ex-presidentes podem ter essa prerrogativa em prisões eventuais.
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A cela de Bolsonaro, como tem sido denominada por policiais no Distrito Federal, destina-se à custódia individual e pode ser utilizada por outras autoridades.
Investigadores da Polícia Federal explicam que a estrutura foi montada há mais de três meses e não possuía foco específico em Bolsonaro, podendo ser utilizada para qualquer autoridade presa.
Delegados, em caráter de sigilo, afirmaram que estão analisando opções, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) decida pela prisão preventiva. Nesse cenário, seriam consideradas alternativas como a prisão militar, visto que Bolsonaro pertence ao Exército; em um batalhão da Polícia Militar do DF, conforme ocorreu no caso do ex-ministro Anderson Torres; ou a própria Superintendência da PF.
Caso essa terceira alternativa se realize, a cela especial estará disponível para a execução do mandado.
Após a organização e reorganização da sala, em virtude da análise da cúpula da Polícia Federal e da Vara de Execuções Penais do DF, a Superintendência identificou um local específico para a custódia do ex-presidente, que foi a cela designada.
Bolsonaro foi indiciado em mais uma denúncia nesta quarta-feira (20) pela PF por apropriação e abolição do Estado Democrático de Direito.
A Polícia Federal considera que ele e seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), agiram em conjunto para que os Estados Unidos tenham determinado a sanção do Brasil e a interferência da Justiça brasileira com o objetivo de interromper o processo e o julgamento do plano de golpe de Estado, em que Bolsonaro é réu.
Fonte por: CNN Brasil