A Polícia Federal realizou na terça-feira, 19, uma operação para investigar supostas fraudes em contratos firmados entre a antiga Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH).
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A operação Kabilu, realizada nesta manhã em colaboração com a Controladoria Geral da União (CGU), conduziu duas buscas e apreensões nos bairros de Campo Grande e Jardim Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com o boletim da Polícia Federal, “os recursos destinavam-se à formação profissional em cursos de informática, designer gráfico e informática básica”. Embora os recursos tenham sido repassados, não foi comprovada a realização dos cursos previstos, com indícios de desvio de verbas públicas. Os investigados podem responder pelos crimes de fraude em licitação, peculato e associação criminosa.
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O alegado desvio teria sido de aproximadamente 38 milhões de reais, no período em que o Ministério era liderado por Damares Alves, atualmente senadora pelo Distrito Federal (Republicanos), durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).
A senadora declara que a apuração foi instigada pela ex-ministra, que, em 11 de fevereiro de 2022, requisitou auditoria à CGU “em razão de fortes indícios de irregularidades identificados durante a análise e o mapeamento de riscos nos Termos de Fomento celebrados com o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil e com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INADH)”.
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Damares afirmou que o relatório da CGU surgiu a partir das informações encaminhadas ao órgão pela Assessoria de Controle Interno do MMFDH.
Damares complementa que, após receber o relatório, o MMFDH solicitou às organizações sociais explicações e medidas sobre as irregularidades identificadas e que, em 20 de outubro de 2022, o IDSH restituiu ao Erário o valor de 1.100.659,46 reais.
Damares Alves ainda afirma que “não tem conhecimento dos proprietários da IDSH e da INADH”.
Fonte por: Carta Capital