A Polícia Federal deteve o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, popularmente conhecido como “careca do INSS”. Ele é considerado o principal responsável pelo esquema de fraude em aposentadorias e pensões.
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O suspeito foi detido em Brasília, onde as autoridades também executam mandados de busca e apreensão. As ações foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal, constando dois mandados de prisão preventiva e treze de busca e apreensão.
O segundo suspeito preso, conforme informações do G1, é o empresário Maurício Camisotti, que atua no setor de seguros e planos de saúde. A Polícia Federal ainda não confirmou a identidade do detido. Ele foi capturado em São Paulo.
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A empresa apenas afirmou que a medida tomada nesta sexta-feira é consequência da Operação Sem Desconto, que expôs a fraude no INSS, e que apura crimes de impedimento ou dificultamento de investigação por organização criminosa, desvio de recursos e ocultação de bens. Os investigadores também examinam uma possível obstrução da investigação por parte de alguns dos envolvidos.
Foram apreendidos, durante as buscas, veículos de luxo, incluindo uma Ferrari e um modelo similar aos utilizados em competições de Fórmula 1. Os agentes também confiscaram uma quantia em dinheiro e relógios de luxo, conforme imagens divulgadas pela corporação.
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As alegações dos mencionados não foram encontradas. O local permanece aberto para apresentações.
A fraude
A investigação da PF aponta que, nos últimos anos, uma parcela de aposentados e pensionistas do INSS foi vítima de fraude, envolvendo a cobrança ilegal de descontos em seus benefícios. Entidades associativas e sindicatos teriam participado do esquema, juntamente com empresas de fachada. Estima-se que o prejuízo total seja de 6,3 bilhões de reais.
A situação provocou a renúncia do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Posteriormente, a crise aberta pelas investigações levou à queda do então ministro da Previdência, Carlos Lupi. Em seguida, uma CPMI foi instaurada no Congresso Nacional para apurar a fraude.
Fonte por: Carta Capital