Petróleo encerra em alta devido ao risco geopolítico e sanções contra a Rússia
Mercado reage ao ataque de Israel ao Hamas no Catar e à possibilidade dos EUA aplicarem novas medidas contra russos.

Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta na terça-feira (9), com o apoio do aumento do prêmio de risco geopolítico após o ataque de Israel contra o Hamas no Catar, enquanto investidores monitoram a possibilidade de novas sanções dos EUA em relação à Rússia e o papel da China em absorver o excesso de oferta global.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No New York Mercantile Exchange, o petróleo WTI para outubro encerrou em alta de 0,59% (US$ 0,37), a US$ 62,63 o barril. Já o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange, subiu 0,56% (US$ 0,37), a US$ 66,39 o barril.
O ataque de Israel representa um novo avanço na intensificação das condições de tensão no Oriente Médio, segundo a Rystad Energy.
Leia também:

Bolsas europeias encerram com resultados mistos, marcado por fusão de empresas e instabilidade na França

Ouro registra desempenho positivo e encerra a sessão com oscilações geopolíticas

S&P 500 e Nasdaq encerram em máximas históricas com expectativa de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve
“O que antes era uma negociação instável agora parece ter se concretizado, diminuindo as chances de uma solução rápida para o conflito”, afirma a Rystad. De acordo com a instituição, o risco de expansão regional do conflito está elevando-se.
Com poucas horas antes do término deste texto, o Irã anunciou ter alcançado um acordo com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para um novo marco de cooperação, após suspender as colaborações em resposta aos ataques de junho de Israel e dos EUA contra suas instalações nucleares.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O mercado concentra-se atualmente nas tensões geopolíticas, demonstrando menor preocupação com a redução programada da produção pela OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), segundo o BOK Financial.
Adicionalmente, o preço de curto prazo do petróleo bruto dependerá de como e se o governo Trump implementará sanções mais severas contra a Rússia e seus compradores, acrescentou.
Apesar das sanções terem apresentado pouco impacto até o momento, seu direcionamento aos compradores pode resultar no retorno da volatilidade nos preços do petróleo.
O Commerzbank ressalta que a China tem sido crucial na absorção do excesso de oferta de petróleo no mercado internacional e deverá manter essa atuação.
De acordo com a consultoria, o acúmulo implícito da China entre março e julho atingiu uma média de 1,4 milhão de barris por dia, com base nos dados de importação, produção e refino.
Este documento deverá persistir nos próximos meses, o que pode evitar uma queda mais significativa nos preços do petróleo.
Com informações da Dow Jones Newswires
O mercado de trabalho apresenta uma competição entre a prática do quiet quitting e a estratégia do quiet hiring.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.