Petróleo despenca e alcança mínima em cinco meses devido a tensões EUA-China

Projeção de superávit global e intensificação da disputa comercial elevam a pressão sobre os preços do barril de petróleo.

14/10/2025 15:02

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Queda nos Preços do Petróleo

Os preços do petróleo apresentaram uma queda superior a 2% nesta terça-feira, 14, influenciados pelo aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além de novas previsões da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre o mercado global.

O contrato futuro do Brent caiu US$ 1,46, ou 2,3%, sendo cotado a US$ 61,86 o barril, atingindo o menor valor desde o início de maio. O WTI, referência norte-americana, registrou uma queda de 2,5%, alcançando US$ 58,03, o menor preço desde janeiro de >

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2024. Na sessão anterior, o Brent havia subido 0,9% e o WTI, 1%.

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Projeções da AIE e Produção da OPEP+

No relatório mais recente, a Agência Internacional de Energia indicou que o mercado global de petróleo pode enfrentar um superávit de até 4 milhões de barris por dia em 2026, impulsionado pelo aumento da produção de países da OPEP+ e de produtores independentes. A demanda global, por sua vez, deve crescer em um ritmo mais lento.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, incluindo a Rússia, apresentaram uma avaliação menos negativa, prevendo que o déficit de oferta deve diminuir gradualmente à medida que a produção planejada da aliança avança.

A diferença entre os preços dos contratos futuros e os de entrega imediata, conhecida como backwardation, também se reduziu. Essa movimentação sugere uma oferta ampla de curto prazo, diminuindo o incentivo financeiro para operações no mercado à vista.

Tensões Comerciais e Impactos no Mercado

As negociações entre EUA e China permanecem incertas. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o presidente Donald Trump mantém o compromisso de se reunir com o líder chinês Xi Jinping ainda neste mês, na Coreia do Sul, para discutir medidas que visem reduzir atritos sobre tarifas e controles de exportação.

Apesar da intenção de diálogo, a situação se agravou após Pequim expandir os controles sobre a exportação de terras raras e Trump ameaçar novas tarifas de até 100%, além de restrições à exportação de software a partir de 1º de novembro.

Nesta terça-feira, o governo chinês também impôs sanções a cinco subsidiárias da sul-coreana Hanwha Ocean, que estão ligadas a empresas dos EUA, enquanto ambos os países anunciaram novas tarifas portuárias para companhias de transporte marítimo.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.