Commodity registra queda de aproximadamente 2% pela manhã, após Israel confirmar que o acordo de cessar-fogo em Gaza começou a valer.
Os contratos futuros do petróleo encerraram a sexta-feira (10) com uma forte desvalorização, intensificando as perdas após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar aumentar as tarifas sobre a China. A commodity já apresentava uma queda de cerca de 2% pela manhã, após a confirmação de Israel sobre a implementação do acordo de cessar-fogo em Gaza.
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O petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex (New York Mercantile Exchange), teve uma baixa de 4,24% (US$ 2,61), fechando a US$ 58,90 o barril. O Brent para dezembro, negociado na ICE (Intercontinental Exchange de Londres), recuou 3,82% (US$ 2,49), terminando a US$ 62,73 o barril.
Na semana, os preços do WTI e do Brent caíram 3,25% e 2,78%, respectivamente. A deterioração do sentimento de risco nos mercados fez com que os contratos de petróleo atingissem os menores níveis em 4 a 5 meses.
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Segundo Trump, o governo está considerando um aumento significativo das tarifas sobre produtos chineses, em resposta ao que ele chamou de um movimento “hostil” de Pequim em restringir exportações de terras raras. O presidente também planeja uma cúpula de líderes mundiais sobre a situação em Gaza durante sua visita ao Egito na próxima semana, conforme reportado pela Axios.
Rebecca Babin, da CIBC Private Wealth US, comentou que “é um golpe triplo hoje para o petróleo”. Ela destacou que o aumento das tensões tarifárias pode prejudicar a demanda, enquanto o cessar-fogo em Gaza diminui o risco geopolítico. Além disso, os investidores ainda têm espaço para aumentar suas posições vendidas.
A Ritterbusch também observou uma deterioração nos balanços globais da commodity, apesar do fluxo contínuo de notícias sobre a Rússia e a Ucrânia, que está incentivando a movimentação de capital especulativo nos mercados de petróleo até o final do mês.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.