Uma greve dos petroleiros atingiu 100% de adesão nas plataformas da Bacia de Campos, no Norte Fluminense, na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, conforme informações do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. Todas as unidades marítimas operadas pela Petrobras na região estão paralisadas, representando um movimento amplo na categoria, segundo o sindicato.

A Bacia de Campos é uma das principais áreas de produção de petróleo e gás do país.

Impacto Operacional e Logístico

A paralisação afeta diretamente plataformas como P-18, P-19, P-20 e outras, além do Complexo Boaventura (antigo Comperj) em Itaboraí (RJ). No complexo, a greve causou atrasos na troca de turnos e filas de ônibus para os trabalhadores, impactando a operacionalidade.

A adesão foi alta entre os funcionários do turno e também no setor administrativo.

Principais Reivindicações da Greve

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense destaca três eixos centrais na greve. O primeiro é o fundo de pensão Petros, com críticas aos planos de equacionamento que reduzem a renda de aposentados e pensionistas. O segundo ponto é a negociação de um Acordo Coletivo de Trabalho sem medidas de austeridade, com um plano de cargos e salários igualitário em toda a Petrobras.

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O terceiro eixo é uma pauta em defesa de uma Petrobras estatal e que incentive o desenvolvimento nacional, com investimentos na indústria naval, expansão das refinarias e retomada da produção de fertilizantes, além de um papel na transição energética.

Posicionamento da Petrobras

A Petrobras informou que registrou manifestações em suas unidades, mas que não houve impacto na produção de petróleo e derivados. A empresa adotou medidas de contingência para garantir a continuidade das operações e reafirma que o abastecimento ao mercado está assegurado.

A companhia ressalta que está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o final de agosto, apresentando uma proposta que contempla avanços nos pleitos sindicais. A Petrobras afirma manter um canal de diálogo permanente com as entidades sindicais.

O sindicato alerta que a adesão total nas plataformas envia uma mensagem à gestão da Petrobras, e que a greve poderá se estender se não houver avanços nas negociações. A empresa tem sido acusada de adotar medidas unilaterais e de não apresentar propostas que atendam às demandas aprovadas em assembleias.