Petrobras realiza testes na Margem Equatorial para replicar atividades do Ibama

Simulado de emergência agendado para iniciar em 24.

19/08/2025 12:42

4 min de leitura

Petrobras realiza testes na Margem Equatorial para replicar atividades do Ibama
(Imagem de reprodução da internet).

A sonda da Petrobras que participará do simulado de emergência de exploração de petróleo na Margem Equatorial chegou ao local da possível perfuração, no litoral do Amapá, informou nesta terça-feira 19 a companhia.

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A estrutura NS-42 é um dos equipamentos empregados na Avaliação Pré-operacional (APO), fase final do processo de licenciamento ambiental para a perfuração de poço no bloco marítimo FZA-M-59, situado na Bacia da Foz do Amazonas.

Após meses de negociação, o exercício foi programado em conjunto pela Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que concede a autorização.

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Na quarta-feira 13, o órgão ambiental confirmou que a APRO será iniciada no domingo 24. O procedimento simulado deverá durar de três a quatro dias, podendo variar, conforme as condições de execução das atividades planejadas.

Simulação de derramamento

Durante a APO, é verificada, por meio de simulações, a efetividade do plano de emergência proposto pela Petrobras ao Ibama. As simulações testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo, incluindo a eficiência dos equipamentos, a agilidade na resposta, o cumprimento dos prazos de atendimento à fauna previstos e a comunicação com autoridades e partes interessadas.

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O bloco marítimo FZA-M-59 encontra-se em águas profundas, a 175 quilômetros da costa de Oiapoque, no Amapá.

Segundo a Petrobras, o simulado contará com a participação de mais de 400 pessoas e recursos logísticos, incluindo embarcações de grande porte, helicópteros e a sonda NS-42, que será posicionada estrategicamente no local do poço a ser perfurado.

A Petrobras poderá demonstrar sua capacidade de atuação com prontidão e estará habilitada para receber a licença para perfuração do poço, considera a empresa.

A ação segue o mesmo processo que a empresa estatal empregou em 2023 para conseguir a permissão de perfuração dos poços Pitu Oeste e Anhangá, na costa do Rio Grande do Norte.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, declarou que a empresa atuará na APO com rigorosos protocolos de segurança e prontidão.

Estamos levando para o Amapá a maior estrutura de resposta a ocorrências já mobilizada pela companhia.

Nova fronteira

A Margem Equatorial alcançou destaque nos últimos anos devido ao seu tratamento como uma nova fronteira de exploração de petróleo e gás. Novas descobertas de petróleo nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname demonstraram o potencial exploratório da região, situada próxima à linha do Equador.

No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá. A Petrobras possui poços na nova fronteira exploratória, mas, por ora, detém autorização do Ibama apenas para perfurar os dois locais da costa do Rio Grande do Norte.

Em maio de 2023, o Ibama indeferiu o pedido de licenças para diversas áreas, incluindo a da Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras solicitou uma revisão da decisão e aguarda o resultado.

Além da empresa, segmentos do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, têm pressionado pela liberação da licença. No Congresso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem sido um dos principais articuladores para acelerar e autorizar a licença.

A espera pela obtenção da licença de exploração incorre em custos diários de 4 milhões de reais para o governo.

Ativistas ambientais

A exploração é criticada por ambientalistas, atentos aos possíveis impactos ambientais. Existe também a percepção de que se trata de uma contradição à transição energética, que visa reduzir o uso de combustíveis fósseis e aumentar a energia renovável, que emitem menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A Petrobras defende que a produção de petróleo na Margem Equatorial é uma decisão estratégica para evitar que o país importe petróleo na próxima década. A empresa destaca que, embora o local seja chamado Foz do Amazonas, ele está a 540 quilômetros da foz do rio.

Em agosto, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) manifestou a necessidade de mais estudos antes de permitir a exploração de petróleo.

Fonte por: Carta Capital

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