A solicitação foi direcionada à investigação em curso na qual o filho do ex-presidente está sendo investigado no Superior Tribunal de Justiça.
Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara dos Deputados, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine uma providência liminar para impedir que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ocupe um cargo comissionado. A solicitação foi apresentada na terça-feira (22).
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Governadores ligados ao deputado buscaram, na segunda-feira (21), soluções políticas para assegurar a continuidade do mandato do parlamentar, com uma possível indicação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o cargo de secretário estadual.
Entre os governadores ligados à família Bolsonaro, destacam-se os gestores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).
Lindbergh justifica no documento que o propósito da nomeação é assegurar o financiamento ilegal do parlamentar nos Estados Unidos. A CNN também revelou que Eduardo tem o salário e as chaves Pix bloqueadas por determinação de Moraes, proferida no último sábado (19).
Eduardo Bolsonaro continua nos Estados Unidos atuando contra o Brasil, em conjunto com Paulo Figueiredo, promovendo encontros políticos e midiáticos com lideranças estrangeiras e defendendo sanções econômicas contra o país, fato que já culminou no chamado “tarifação”, alega o parlamentar petista, destacando a medida do presidente americano, Donald Trump, que taxou as exportações do Brasil aos EUA em 50%, a começar a valer em agosto.
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Na sua proposta, o líder do PT solicita que o ministro determine que os governadores evitem nomear Eduardo para cargos administrativos no serviço público brasileiro.
A CNN tenta contato com Eduardo Bolsonaro. Na segunda-feira, Lindbergh também pediu a Moraes para Eduardo prestar depoimento para explicar sobre a transmissão ao vivo realizada no domingo (20) em que ameaça agentes da PF (Polícia Federal).
O filho do ex-presidente está sendo investigado no Supremo pelos crimes de interferência no curso do processo, obstrução da Justiça, atentado à soberania nacional e crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.