Petrobras analisa viabilidade da exploração em Foz do Amazonas em outubro

Problemas em procedimentos para alertar países vizinhos sobre vazamento de óleo e para salvar animais atrasaram a liberação da licença.

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(Imagem de reprodução da internet).

Petrobras pelo Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve responder, ainda em outubro, às adequações feitas pela Petrobras em seus planos referentes à exploração de petróleo na Foz do Amazonas, conforme apuração da CNN. O órgão ambiental aprovou na quarta-feira (24) a última etapa do licenciamento, mas solicitou à companhia adequações nos planos apresentados e no estudo ambiental.

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Problemas Identificados na APO

A estatal promete entregar o complemento na sexta-feira (26); e fontes do Ibama indicam que a resposta sai no mês que vem. De acordo com o Ibama, ainda será necessário que as adequações sejam objeto de uma simulação — que ocorreria durante a perfuração pouco antes de a área de reservatório ser alcançada.

Durante a Avaliação Pré-Operacional (APO), última etapa do licenciamento, foram identificados alguns pontos de atenção. Um dos problemas foi a execução do “plano de comunicação do impacto transfronteiriço”, que trata do procedimento para avisar um país vizinho em caso de vazamento de óleo. Outra ressalva foi o PPAF (Plano de Proteção e Atendimento à Fauna), onde a Petrobras mobilizou mais recursos do que o previsto no plano.

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Além disso, para garantir o resgate de animais, a companhia deixou áreas de perfuração “descobertas”, sem navio de salvamento. A equipe de líderes de sobrevoos, que detém conhecimento da área de Oiapoque, necessita de intensificação de treinamento com equipes mais experientes, conforme o Ibama.

Aprovação da APO pelo Ibama

O parecer dos técnicos do Ibama recomendou a aprovação da APO, e a chefia do órgão acatou a recomendação. “Levando em consideração as observações registradas pela equipe de avaliadores, a robustez da estrutura apresentada, bem como o caráter inédito da atividade executada — marcada por desafios logísticos relevantes — considera-se a Avaliação Pré-Operacional do Bloco FZA-59 aprovada”, diz o parecer.

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Apesar de não ter havido consenso entre os técnicos envolvidos na APO, os profissionais decidiram pela aprovação. Para parte dos técnicos, o simulado demonstrou a necessidade de adequações nos planos previamente apresentados pela Petrobras e no estudo ambiental. “A estratégia e os recursos utilizados para o atendimento à fauna durante a APO divergem do proposto no PPAF, conforme detalhado na análise. Entende-se que o PPAF deverá ser revisado e apresentado considerando a incorporação das observações constantes neste parecer”, diz o parecer.

“Após análise, essa nova revisão deverá ser objeto de simulação, que deverá ocorrer durante a fase de reservatório do poço, tendo como foco o monitoramento, resgate, atendimento e transporte de fauna, sob acompanhamento do Ibama”, completa.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.

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