Petista rebate atitude de governador em manifestação sobre impunidade

Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, manifestou-se com veemência em relação à presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no evento de 7 de Setembro na Avenida Paulista.

O deputado declarou que Tarcísio “cruzou o Rubicão” ao afirmar que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Alexandre de Moraes”, em referência direta ao relator do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.

A expressão tem sua origem na Roma Antiga, quando o general Júlio César atravessou o rio Rubicão com suas tropas, desafiando o Senado e desencadeando uma guerra civil. Desde então, “cruzar o Rubicão” passou a simbolizar a tomada de uma decisão irreversível, frequentemente em oposição a uma autoridade ou em ruptura com normas institucionais.

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Não é uma questão política, mas um ataque direto ao STF, afirmou Lindbergh, que considera a fala uma tentativa de coerção no curso do processo. Pode configurar-se como uma tentativa de intimidar o ministro relator no meio do julgamento de Bolsonaro e demais golpistas.

Tarcísio de Freitas atravessou o Rubicão. Na Paulista, declarou: “Ninguém suporta mais a tirania de um ministro como Alexandre de Moraes”. Não é uma crítica política, mas um ataque direto ao STF, que pode configurar coação no curso do processo, por tentativa de intimidar o ministro…

Lindbergh Farias (@lindberghfarias) 7 de setembro de 2025

O petista também acusou Tarcísio de manipular uma frase do ministro André Mendonça — “o bom juiz deve ser reconhecido pelo respeito e não pelo medo” — para atingir Moraes e, ao mesmo tempo, defender a anistia. “Essa anistia só serviria para consagrar a impunidade e a continuidade do golpe”, afirmou.

Para Lindbergh, o governador não se comporta como chefe do Executivo estadual, mas sim como defensor político de Bolsonaro. “Quem ataca ministros e defende anistia para conspiradores não luta por liberdade: legitima o crime, sabota a Justiça e abre caminho para novos atentados contra a democracia.”

Fonte por: CNN Brasil