O governo cancela a autorização; o viajante é informado ao realizar o check-in ou ao chegar aos Estados Unidos. Leia no Poder360.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação de vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de outros membros da Corte, juntamente com seus familiares. Isso levou alguns veículos de mídia brasileiros a divulgar listas de nomes que teriam sido afetados pela medida, sem evidências oficiais. Circulou a informação de que familiares dos indivíduos envolvidos, residentes nos Estados Unidos, poderiam ser deportados imediatamente, o que é improvável no momento.
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É fundamental considerar que os Estados Unidos não comunicam às pessoas que tiveram seus vistos revogados. O visto é cancelado e o indivíduo não fica informado. Na maioria dos casos, a pessoa afetada desconhece a medida.
O impacto prático se manifesta quando essa pessoa tem a intenção de viajar. Ao fazer o check-in, seja digitalmente ou no aeroporto, o visto é verificado e a companhia aérea informa que o embarque não poderá ser realizado.
Em certas circunstâncias, se um indivíduo embarca por algum motivo em que a verificação do visto não foi realizada no check-in no Brasil, o processo de impedir a entrada será no controle de passaporte ao chegar nos Estados Unidos. Ao apresentar seu documento, o viajante será informado de que não pode entrar no país. Passará pelo constrangimento de permanecer em uma sala do aeroporto até que possa embarcar em um voo de volta – muitas vezes sem poder tomar banho ou trocar de roupa.
Em relação ao cancelamento de vistos de Moraes e de “seus aliados no Tribunal”, conforme escreveu Marco Rubio, a mídia especulou que os ministros afetados seriam (em ordem alfabética): Carmen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Não estariam incluídos nessa lista três ministros do STF: André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Luiz Fux.
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A mídia brasileira também levantou suspeitas, sem apresentar evidências ou referências oficiais, de que teriam sido incluídos no relatório de Marco Rubio outros membros do governo brasileiro. Entre os nomes citados nessas especulações estavam Andrei Rodrigues (diretor-geral da Polícia Federal), Fábio Schor (delegado da Polícia Federal), Paulo Gonet (procurador-geral da República), Ricardo Lewandowski (ex-ministro do STF e atual ministro da Justiça) e Rodrigo Pacheco (senador pelo PSD de Minas Gerais e ex-presidente do Senado).
Nenhuma dessas informações sobre quem teria tido o visto de entrada nos EUA negado foi confirmada pelo Departamento de Estado norte-americano.
Há especulações sobre familiares de ministros do STF que estudam ou trabalham nos EUA e que poderiam ser deportados. É improvável que isso ocorra no curto prazo. Luiz Roberto Barroso tem um filho, Bernardo Barroso, que trabalha para o banco brasileiro BTG em Miami. Não há informações oficiais do Departamento de Estado sobre se o ministro ou integrantes de sua família teriam perdido os vistos de entrada nos EUA.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.