Pesquisadores Brasileiros Desenvolvem Técnica com Pele de Peixe para Combater a Cegueira
Pesquisadores brasileiros descobrem potencial da pele de peixe para combater a cegueira! Inovador estudo do UFC usa biotecido de Oreochromis niloticus para regenerar córnea
Pesquisadores Brasileiros Descobrem Potencial da Pele de Peixe para Combater a Cegueira
Um avanço promissor na área da saúde ocular surge do Brasil, com pesquisadores desenvolvendo uma técnica inovadora que utiliza a pele de peixe para tratar lesões na córnea e, potencialmente, reverter a cegueira. A descoberta abre caminho para novos tratamentos e oferece uma alternativa mais acessível aos métodos existentes.
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O que foi descoberto?
Um estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Medicamentos (NPDM‑UFC) da Universidade Federal do Ceará (UFC) revelou que a pele da espécie Oreochromis niloticus, um peixe comum no Brasil, pode ser processada para gerar um biotecido que auxilia na regeneração da córnea. Esse biotecido, derivado da camada de colágeno da pele do peixe, atua como um arcabouço protetor, estimula a produção de novas células, promove a reepitelização e, gradualmente, é absorvido pelo organismo.
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Como funciona o tratamento?
O processo de tratamento envolve os seguintes passos: a remoção da pele do peixe, seu processamento em laboratório para remover escamas e células, deixando apenas a camada de colágeno, e a confecção da membrana biológica. Essa membrana é aplicada sobre a córnea lesionada como um enxerto ou “curativo” pós-cirúrgico.
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Resultados promissores
Em testes com mais de 400 cães, o método apresentou resultados positivos na recuperação da visão ou na prevenção da perda completa da função ocular. No entanto, é importante ressaltar que, apesar dos resultados promissores, ainda são necessários estudos clínicos em humanos para verificar a segurança, eficácia e possíveis complicações do tratamento.
Importância da descoberta
A inovação traz consigo diversas vantagens: o potencial para reduzir a incidência de cegueira causada por lesões na córnea, a possibilidade de um tratamento mais acessível e de menor custo em comparação com as membranas biológicas importadas (feitas de materiais bovinos ou suíços), e a abertura para novas aplicações na medicina veterinária e humana.
Desafios e cuidados
Apesar do entusiasmo, a pesquisa ainda enfrenta desafios. A fabricação e padronização do biotecido em escala industrial exigem monitoramento rigoroso de qualidade e esterilização. Além disso, questões éticas e regulatórias precisam ser consideradas, especialmente em relação ao uso de material biológico animal em humanos, que envolve aprovações legais e atenção às normas de biosegurança. É fundamental ressaltar que o termo “reverter a cegueira” pode gerar expectativas exageradas, pois o tratamento atua sobre as lesões da córnea e não necessariamente corrige todos os tipos de cegueira.
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.












