O estudo aponta para o aumento da popularidade como principal destaque para Mayra Goulart.
Ademais da recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o último levantamento Genial/Quaest aponta para uma melhora na avaliação do governo entre setores historicamente resistentes ao Partido dos Trabalhadores, como as camadas médias e altas da população. A análise é da cientista política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Mayra Goulart em entrevista ao Brasil de Fato.
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O principal destaque da pesquisa, além da recuperação da popularidade, ou seja, uma reversão de uma tendência de queda, é a melhora em setores nos quais tanto o governo quanto a figura de Lula costumam performar pior, que são as camadas médias e altas. “A Quaest não diferencia camadas médias e altas, porque ela só vai até cinco salários mínimos, mas você observa uma melhora na avaliação do governo nessas faixas que são mais refratárias ao Partido dos Trabalhadores”, conclui.
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) apontou um aumento de 3 pontos na aprovação do governo Lula em relação à rodada anterior, realizada em maio. O índice subiu de 40% para 43%, enquanto a desaprovação diminuiu de 57% para 53%. A pesquisa coletou dados de 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14 de julho, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
Entre eleitores com ensino superior completo, a diferença entre desaprovação e aprovação diminuiu de 31 para 8 pontos percentuais. A aprovação nesse grupo aumentou de 33% para 45%, enquanto a desaprovação recuou de 64% para 53%. No Sudeste, região onde Lula tradicionalmente enfrenta maior resistência, a vantagem da desaprovação sobre a aprovação reduziu de 32 para 16 pontos percentuais. A aprovação subiu de 32% para 40%, enquanto a desaprovação caiu de 64% para 56%.
Nos setores de renda média, a melhora também foi notável. Para aqueles que recebem entre dois e cinco salários mínimos, a vantagem da desaprovação sobre a aprovação diminuiu de 19 para 9 pontos, com a aprovação aumentando de 39% para 43% e a desaprovação reduzindo-se de 58% para 52%. Já entre quem recebe mais de cinco salários mínimos, a aprovação subiu de 33% para 37%, enquanto a desaprovação caiu de 64% para 61%.
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Fonte por: Brasil de Fato
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.