Estudo da “Nexus” para a CBF revela que 59% dos brasileiros nunca assistiram a um jogo ao vivo. A experiência no estádio evolui para um verdadeiro hub de entretenimento
Um estudo realizado pela “Nexus”, encomendado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), revelou que 59% dos brasileiros nunca assistiram a uma partida ao vivo no estádio. Outros 22% afirmaram que já frequentaram jogos, mas atualmente não vão mais.
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Entre os entrevistados, 10% comparecem a algumas partidas por ano, 5% vão algumas vezes por mês, 2% assistem semanalmente e 2% quinzenalmente.
Esses dados contrastam com os números de público registrados em 2025. Após a última rodada no final de semana, o total de torcedores chegou a 9.972.992. A média de público foi de 26.314 pessoas por partida, com uma renda total superior a R$ 464 milhões.
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Esses números destacam a força do futebol como uma plataforma de entretenimento.
A transformação mais evidente na indústria esportiva é que ir ao estádio deixou de ser apenas sobre assistir a um jogo, tornando-se uma experiência completa. O aumento no número de camarotes reflete essa mudança, especialmente no período pós-pandemia, quando os torcedores passaram a valorizar conforto e serviços adicionais.
“Hoje, o torcedor busca um pacote completo: boa gastronomia, música, conforto e um ambiente funcional. A experiência se tornou tão importante quanto o jogo em si. Isso impulsiona a evolução dos camarotes. A hospitalidade se integrou ao mundo do futebol, e quanto mais conseguimos unir entretenimento e conveniência, melhor será a jornada para o torcedor em 2025”, afirmou Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality.
“Nos camarotes que operamos no Maracanã e no Nilton Santos, notamos que os torcedores buscam uma experiência que vai além dos 90 minutos de jogo. Há uma valorização crescente por ambientes seguros e confortáveis, com serviços bem estruturados, que impactam diretamente na decisão de retornar ao estádio”, comentou Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil.
“Os dados mostram que o estádio deixou de ser apenas um local de competição e passou a funcionar como um hub de entretenimento. A tecnologia desempenha um papel fundamental nessa transformação, especialmente na expansão da hospitalidade e dos camarotes, que exigem soluções integradas de acesso e personalização da experiência”, concluiu Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.