Aprevisa alerta: população deve confirmar se a bebida tem registro no MAPA, garantindo segurança e legalidade do produto.
O estado de Pernambuco está investigando três casos suspeitos de intoxicação por metanol, resultando em duas mortes e um caso com perda de visão. O Instituto de Medicina Legal (IML) será responsável por confirmar as causas das mortes, intensificando a busca por responsáveis.
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A Secretaria de Saúde de Pernambuco divulgou que o caso foi notificado à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) após o atendimento das vítimas no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. A Apevisa iniciou imediatamente ações de fiscalização em distribuidoras de bebidas alcoólicas, buscando identificar a origem do problema.
As duas vítimas faleceram em Lajedo e João Alfredo, ambos no Agreste pernambucano. Em São Paulo, a crise de bebidas adulteradas com metanol já causou cinco mortes e 22 casos suspeitos, conforme confirmado pelo governador Tarcísio de Freitas.
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Os sintomas iniciais de intoxicação por metanol podem ser confundidos com os da ingestão de álcool comum, como náuseas, vômitos e sonolência. No entanto, entre 6 e 24 horas após o consumo, podem surgir sinais graves, incluindo visão turva, fotofobia, cegueira, convulsões e até coma.
A Apevisa recomenda à população verificar o registro da bebida no MAPA, a integridade do rótulo e lacre, e a compra em locais confiáveis. A agência também alerta para a atenção com drinques prontos e produtos com preços abaixo do mercado.
A Apevisa determinou que serviços de saúde notifiquem imediatamente casos suspeitos ao SINAN e Cievs/PE. Além disso, orienta a busca ativa de pessoas que consumiram a mesma bebida e a capacitação das equipes para o manejo clínico adequado, incluindo o uso de antídotos e hemodiálise.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou indícios de distribuição de bebidas adulteradas com metanol além de São Paulo. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a origem e a rede de distribuição, que, segundo ele, transcende os limites de um único estado.
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Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.