Paulo Pedro Defende Modelo Associativo do Corinthians em Crise Financeira
Paulo Pedro, conselheiro trienal e membro do Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians, acredita que o clube do Parque São Jorge pode superar sua grave crise financeira mantendo o modelo associativo. Em entrevista à CNN Brasil, ele enfatizou a necessidade de um choque de responsabilidade administrativa, focando na redução de gastos e em uma gestão austera.
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“O Corinthians tem, sim, salvação – e no modelo associativo. O clube pode ter uma SAF dele mesmo, captando recursos para pagar seus credores. Ferramentas jurídicas e econômicas não faltam. O que precisa é de uma gestão correta, transparente e austera”, afirmou Paulo Pedro.
Ele destacou que o clube deve aumentar a arrecadação, mas reduzir os gastos significativamente.
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Desafios e Expectativas para o Futuro
Paulo Pedro ressaltou que é necessário “fechar as torneiras, tapar os ralos e negociar um plano de pagamento a longo prazo”. Ele também mencionou que, durante esse processo, a torcida precisará apoiar um time mais modesto, que pode não trazer resultados imediatos.
O conselheiro apontou uma contradição nas últimas temporadas do Timão, já que o clube possui uma das folhas salariais mais altas do futebol brasileiro, mas tem apresentado campanhas medianas nas principais competições. Para ele, a torcida deve compreender a situação financeira e continuar apoiando a equipe, mesmo que o elenco seja mais barato.
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Tempo de Reestruturação e Necessidade de Mudanças
Paulo Pedro estimou que o Corinthians pode levar de duas a três gestões, ou seja, de seis a nove anos, para se recuperar. “Nos últimos anos, o Corinthians tem uma folha absurda fazendo campanhas medianas. É preciso reduzir custos de forma agressiva.
Se o clube fizer isso por duas ou três gestões, vai sair da crise e voltar a conquistar títulos”, disse.
Ele acredita que, mesmo com um time menos técnico, é possível competir. “Neste ano, por exemplo, tivemos um desempenho positivo contra o nosso maior rival. É hora de reverter a curva e começar a trabalhar já”, concluiu. As declarações de Paulo Pedro ocorrem em um contexto de instabilidade política e financeira no clube, que enfrenta dívidas superiores a R$ 2,8 bilhões e pressão de torcedores e credores.
Parte da diretoria estuda alternativas de captação de recursos, incluindo uma possível Sociedade Anônima do Futebol (SAF), mas há resistência interna à mudança do modelo associativo.
