Registros do Sistema Nacional de Vigilância Eletrônica de Lesões (NEISS, em inglês) indicam que, de 2019 a 2022, os Estados Unidos observaram um crescimento de acidentes envolvendo patinetes elétricos: de 22.835 em 2019 para 65.892 em 2022, um aumento triplo no número de casos. Os dados, que apontam um aumento preocupante de ocorrências em unidades de pronto-socorro americanas com acidentes dessa categoria, destacam o debate sobre a segurança do modal no trânsito.
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O retorno do aluguel de patinetes elétricos em São Paulo, após processos de falência durante a pandemia, reacende a preocupação de especialistas em saúde.
Como prevenir ferimentos ao utilizar patinete?
Caio Zamboni, diretor da SBTO (Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico), ressalta cuidados essenciais para a prevenção de lesões. “É fundamental verificar se o patinete está com a manutenção em dia – incluindo pneus, amortecedores, suspensão e bateria”.
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O especialista ressalta a relevância do emprego de equipamentos de proteção individual, incluindo capacete, luvas, joelheira, cotoveleira e calçado fechado. Adicionalmente, sugere o uso de vestimentas refletivas ou com cores contrastantes, principalmente em períodos e ambientes com pouca iluminação.
Esses equipamentos de proteção são fundamentais para reduzir o impacto de quedas e evitar lesões mais sérias. O uso oferece uma camada adicional de segurança, principalmente em situações imprevistas como perda de equilíbrio ou colisões, conforme detalha Zamboni.
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Certos aspectos físicos ou até a postura do indivíduo podem elevar o risco de quedas ou lesões decorrentes do uso do patinete, afirmou o especialista.
Indivíduos com vertigem ou labirintite, dificuldades de visão, uso de óculos bifocais ou qualquer tipo de imobilização (como bota ou tipoia) apresentam maior risco de queda. Condições temporárias como fadiga após atividade física intensa ou o consumo de álcool e medicamentos que alteram reflexos também aumentam esse risco.
Em São Paulo, a legislação que rege o uso de patinetes elétricos estabelece critérios de circulação, como a restrição ao seu uso em ciclovias, ciclofaixas e vias com velocidade máxima de 40 km/h.
No entanto, um estudo recente apresentado pela vereadora Renata Falzoni (PSB) aponta que aproximadamente 17% da malha ciclofaestrianamente apresenta largura insuficiente, o que coloca em risco a segurança dos usuários e requer uma correção.
Aqui, a relevância de ações como a conservação do patinete em bom estado de funcionamento e, sobretudo, o uso de equipamentos de segurança apropriados, principalmente para o trânsito em vias movimentadas, se torna evidente.
É essencial respeitar os limites de velocidade, utilizar ciclovias ou ciclofaixas sempre que possível e evitar as calçadas são medidas importantes. Também é fundamental manter distância de veículos, evitar pontos cegos e redobrar a atenção ao circular ao lado de carros estacionados, onde portas podem se abrir inesperadamente, reforça o especialista.
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Fonte por: CNN Brasil