Partidos de oposição questionam avaliação do governo Lula acerca do conflito Israel x Irã
O Brasil condenou o ataque israelense por “violar a soberania” do Irã, que respondeu bombardeando Tel Aviv.

A declaração do governo Lula, que condena o ataque de Israel ao Irã na sexta-feira (13.jun.2025), foi alvo de críticas por parlamentares da oposição. O comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores afirmou que a ação israelense “viola a soberania” iraniana e “ameaça mergulhar toda a região em um conflito de grandes proporções”.
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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que Israel realiza ataques à infraestrutura militar iraniana, ao mesmo tempo em que o Irã visa civis israelenses. Ele complementou que o Itamaraty não distingue essas condutas. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que Lula não possui moral para se manifestar sobre o conflito.
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O Grupo Parlamentar Brasil-Israel, liderado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), também se manifestou contrariamente à postura da diplomacia brasileira. Na nota, o congressista afirma que o governo Lula “mais uma vez, escolhe se alinhar aos que disseminam o terror”, referindo-se a Teerã.
Outros deputados utilizaram as redes sociais para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à nota do Itamaraty.
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A avaliação do Ministério das Relações Exteriores na 6ª feira (13.jun) foi a 64ª do governo Lula, criticando as ações de Israel na guerra contra Irã, Hamas e Hezbollah. Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, foram emitidas 10 notas reprovando as ações militares contra Israel.
Os direitos civ no Irã abrangem uma série de liberdades e proteções garantidas aos cidadãos, embora estes sejam limitados por considerações religiosas e políticas. A Constituição iraniana estabelece alguns direitos fundamentais, incluindo liberdade de expressão, liberdade de reunião e liberdade de associação, mas a aplicação destes direitos é frequentemente restrita pelo governo. O sistema legal iraniano
A teocracia do Irã impõe regulamentos severos sobre o vestuário feminino, que exige cobertura parcial do corpo, e sobre a comunidade LGBTQIA+.
Em dezembro de 2024, o Irã suspendeu a aplicação da “lei do hijab e da castidade”, que estabelecia penalidades severas para mulheres que não usassem o véu ou o utilizassem de forma inadequada. As sanções abrangiam desde multas até prisão e pena de morte.
Em 2022, a jovem Mahsa Amini foi morta pela polícia moral iraniana por não usar o hijab adequadamente. O hijab é um véu islâmico que cobre o cabelo, pescoço e busto das mulheres. É distinto do niqab, que expõe apenas os olhos, e da burka, que oculta todo o rosto.
A morte de Amini desencadeou manifestações da população contra o governo, resultando no encerramento da polícia moral.
Pessoas detidas por práticas homossexuais ainda sofrem com a pena de morte. A pena capital também é aplicada contra cidadãos condenados pelo consumo e venda de drogas e opositores do governo. A ONU (Organização das Nações Unidas) informou que o Irã executou 901 pessoas em 2025, das quais 31 eram mulheres. Esse foi o maior número em 15 anos.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.