Partido Democrata conquista vitórias expressivas nas eleições dos EUA e surpreende republicanos

Eleições nos EUA: Partido Democrata brilha com vitórias expressivas, incluindo a primeira governadora da Virgínia e plebiscito favorável na Califórnia

05/11/2025 23:52

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Resultados das Eleições nos EUA

Após mais de um ano, eleitores de diversos estados e cidades dos Estados Unidos retornaram às urnas para eleger governadores e prefeitos. Nas quatro principais eleições realizadas na terça-feira (4), o Partido Democrata obteve uma vitória com uma margem de pelo menos 9 pontos percentuais em relação aos candidatos republicanos.

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A maior diferença foi registrada na Califórnia, onde um plebiscito foi realizado para avaliar a possível redistribuição do mapa de distritos estaduais. Essa medida pode beneficiar os democratas nas próximas eleições para o Congresso, com a adição de cinco novos assentos.

A opção favorável à mudança recebeu 63,9% dos votos, totalizando mais de 5 milhões, enquanto a rejeição ficou com 36,1%, representando quase 3 milhões de votos. A diferença entre as duas opções foi de 2 milhões e 300 mil votos, com 77% das urnas apuradas até o momento da publicação.

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Destaques em Outros Estados

Outro destaque foi a eleição na Virgínia, onde foi eleita a primeira governadora da história do estado, derrotando a republicana Winsome Earle-Sears, que obteve 42,6% dos votos. A diferença entre os candidatos foi superior a 400 mil votos. Uma situação semelhante ocorreu em Nova Jersey, onde Mikie Sherrill saiu vitoriosa.

Sherrill e a também eleita Abigail Spanberger adotaram um discurso mais centrado, buscando uma coalizão para conquistar distritos indecisos. Em contraste, o prefeito eleito de Nova York, Zohran Mamdani, se posicionou como um “democrata socialista”, defendendo a expansão de programas sociais e transporte público gratuito, utilizando uma linguagem jovem e acessível em sua campanha.

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Impacto da Popularidade de Trump

De acordo com o professor da Universidade George Washington, Maurcio Moura, a queda na popularidade do presidente Donald Trump influenciou as margens amplas nas eleições. Ele observou que, em Nova Jersey e Virgínia, houve uma mudança no voto dos eleitores independentes, refletindo a insatisfação com a gestão econômica da Casa Branca, especialmente em relação à inflação.

Os resultados surpreenderam até mesmo os democratas, que esperavam uma diferença menor nas votações. Para os republicanos, os números foram negativos, uma vez que “Trump não estava nas urnas”, e a paralisação do governo americano foi amplamente atribuída ao partido.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.