Para Zanin, procurador-geral detalha a organização criminosa de maneira clara

O ministro-relator do Supremo Tribunal Federal, na Turma, julgamento de pedido de habeas corpus.

11/09/2025 17:29

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Para Zanin, procurador-geral detalha a organização criminosa de maneira clara
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro e presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, destacou, em seu voto no julgamento da trama golpista, a existência de uma organização criminosa, conforme acusação da PGR.

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A decisão em questão pode, na realidade, ser evidenciada por uma série de ações, conforme já apontado pela ministra Carmen Lúcia e pelo ministro Alexandre Moraes.

Na realidade, no caso em questão, conforme observado, a acusação alega que a organização criminosa atuou em diversos setores. Não existia uma única linha de ação estabelecida, porém o planejamento de várias estratégias incluiu o emprego de estruturas de Estado para vigilância de funcionários e autoridades públicas e políticas.

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A maioria dos votos é favorável à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus pelos crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República.

Votações

O relator do caso, Alexandre Moraes, votou pela condenação de Bolsonaro e dos demais sete réus. O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes e votou pela condenação de todos acusados pelos crimes imputados pela PGR.

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O depoimento de Moraes estendeu-se por aproximadamente cinco horas, com quase 70 slides na apresentação do relatório. O ministro estruturou sua fala em 13 tópicos que descreveram, em sequência cronológica, a atuação da organização criminosa no contexto do golpe.

O ministro Luiz Fux votou em terceiro lugar e decidiu pela condenação por abolição violenta do Estado Democrático de Direito de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente e réu colaborador, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo de Bolsonaro.

Fux, após mais de 13 horas, votou a favor da absolvição total dos demais seis réus.

  • Jair Bolsonaro, antigo presidente da República.
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e antigo diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
  • Almir Garnier, almirante de esquadra que liderou a Marinha durante o governo de Bolsonaro.
  • Anderson Torres, antigo ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro.
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro.
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa sob o governo Bolsonaro;

Quais os crimes imputados aos acusados?

Bolsonaro e outros réus respondem na Suprema Corte a acusações em relação a cinco crimes.

  • Grupo criminoso armado.
  • Avanço de tentativas de supressão da ordem democrática.
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado pela violência e ameaça gravíssima (com exceção de Ramagem).
  • Degradação de bens tombados (inclusive Ramagem).

A isenção se aplica a Ramagem. Em meados de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão do processo criminal contra o parlamentar. Desta forma, ele responde apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.