O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (18) que as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstram um incômodo do governo americano com as posturas e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O Lula persiste em manter relações com ditadores: China, Rússia, Irã, Venezuela, afirmou Bolsonaro a jornalistas. E mais: o que desagradou o governo americano, em grande medida, foi, por ocasião do Brics, o Lula discursar sobre um novo padrão monetário, com o dólar excluído das negociações do Brics, entre outras ações que ele realizou.
O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que Bolsonaro utilize tornozeleira eletrônica, proibiu contato com outros investigados e determinou uma busca e apreensão na residência do ex-presidente.
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O ministro Moraes, em sua decisão, apontou que existem evidências de que Bolsonaro, juntamente com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, está agindo para minar a soberania nacional, com a intenção de interferir no andamento de processos judiciais, desestabilizar a economia brasileira e exercer pressão sobre o Poder Judiciário.
Ao anunciar as tarifas na semana passada, Trump mencionou uma “caça às bruxas” em relação a Bolsonaro, devido à investigação envolvendo-o no STF. Eduardo é considerado responsável por persuadir o presidente americano a implementar as taxas, como estratégia para pressionar o Brasil a não julgar o ex-presidente.
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Bolsonaro afirmou que Lula “sempre critica o governo americano” e recordou que o petista apoiou a candidata do partido democrata, Kamala Harris, nas últimas eleições, das quais Trump venceu. “Ele quer ser tratado com cordialidade?”, questionou.
O ex-presidente reiterou que é imprescindível que o Brasil mantenha o diálogo com os Estados Unidos, a fim de evitar impactos negativos das tarifas sobre a população e empresários. Questionado sobre o Pix, que se tornou alvo de uma investigação dos EUA acerca de práticas comerciais do País, Bolsonaro defendeu o sistema de pagamentos, afirmando que ele causou prejuízos aos banqueiros.
Com informações do Estadão Contido
Fonte por: Jovem Pan
