Matrículas no Ensino Superior: Queda e Desafios
O Censo da Educação Superior de 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), revelou uma tendência preocupante: a queda nas matrículas no ensino superior presencial em comparação com o período de 2014. Essa diminuição impacta significativamente o cenário educacional brasileiro.
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Dados do Censo de 2024
Em 2024, o Brasil contabilizou 5 milhões de estudantes matriculados em graduações presenciais. Essa cifra representa uma redução considerável em relação aos 6,4 milhões de alunos registrados em 2014, indicando uma diminuição de 1,4 milhão de estudantes nesse tipo de modalidade.
Estados com Crescimento
Apesar da tendência geral de queda, apenas duas unidades federativas se destacaram: Pará e Maranhão. No Pará, o número de matrículas aumentou de 134 mil para 160 mil alunos, um crescimento de 26 mil. Já no Maranhão, o acréscimo foi menor, passando de 122 mil para 126 mil estudantes, um aumento de 4 mil em dez anos.
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Principais Estados e Matrículas
São Paulo continua sendo o estado com o maior número de estudantes em cursos não à distância, com mais de 1,1 milhão de alunos em 2024, embora tenha perdido 550 mil matrículas em comparação com 2014. Minas Gerais e o Rio de Janeiro também se destacam, com 483 mil e 440 mil alunos, respectivamente.
Novas Regras para o Ensino à Distância
Diante da expansão do ensino à distância (EaD), o MEC implementará novas regras a partir de 2025, visando garantir a qualidade dessa modalidade. A preocupação se concentra em profissões que exigem aprendizado prático, como enfermagem e educação, onde a carga horária online tem aumentado.
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Implementação das Novas Regras
É importante ressaltar que as mudanças no EaD só terão impacto nas matrículas a partir de 2026. Em 2024, o ano de referência dos dados do Censo, as novas regras ainda estavam em fase de formulação. As instituições de ensino já receberam as novas diretrizes e começarão a implementá-las a partir de 2026.
Lista de Matrículas por Estado (2024)
- São Paulo: 1.170.000
- Minas Gerais: 483.000
- Rio de Janeiro: 440.000
- Paraná: 310.000
- Bahia: 254.000
- Rio Grande do Sul: 241.000
- Pernambuco: 216.000
- Ceará: 206.000
- Santa Catarina: 190.000
- Goiás: 173.000
- Pará: 160.000
- Distrito Federal: 135.000
- Maranhão: 126.000
- Paraíba: 123.000
- Amazonas: 116.000
- Rio Grande do Norte: 90.000
- Mato Grosso: 90.000
- Espírito Santo: 87.000
- Piauí: 86.000
- Alagoas: 69.000
- Mato Grosso do Sul: 65.000
- Sergipe: 50.000
- Tocantins: 44.000
- Rondônia: 43.000
- Amapá: 24.000
- Acre: 17.000
- Roraima: 14.000
