James Martin tem sido alvo de ataques repetidos por conservadores católicos devido ao seu trabalho.
O papa Leão XIV recebeu em audiência privada um sacerdote americano notável que serve a católicos LGBT, o que pode indicar que o novo pontífice seguirá o legado do falecido papa Francisco ao ampliar o acesso da Igreja à comunidade gay.
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O Papa Leão, o primeiro papa dos Estados Unidos, se reuniu no Vaticano com o reverendo James Martin, que já foi repetidamente atacado por católicos conservadores por seu ministério, porém recebeu apoio do Papa Francisco.
“Foi muito consolador e muito encorajador”, declarou Martin à agência de notícias Reuters após a reunião. “Ouvi do papa Leão a mesma mensagem que ouvi do papa Francisco sobre o acolhimento das pessoas LGBTQ.”
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Francisco, que liderou a Igreja por 12 anos antes de falecer em abril, publicou um decreto em 2023 que possibilitava que os padres concedessem bênçãos a casais homoafetivos, considerando a situação de cada caso, ainda que a Igreja mantenha o reconhecimento oficial apenas dos matrimônios entre homens e mulheres.
O Papa Francisco realiza inúmeras reuniões diariamente, mas apenas algumas são oficialmente divulgadas pelo Vaticano. Essas são cuidadosamente analisadas por observadores da Igreja como um indicativo das prioridades do pontífice.
O encontro com Martin, ocorrido no palácio apostólico do Vaticano, fez parte de uma agenda oficial desta segunda-feira (1º) que também compreendeu reuniões com dois cardeais e diversos bispos.
Martin declarou à Reuters que a reunião teve aproximadamente trinta minutos. “Ele deseja que todos na igreja se sintam bem-vindos”, afirmou o padre sobre Leão. “Sua abordagem aos católicos LGBTQ é uma continuação do legado do papa Francisco.”
O jesuíta, Francisco Martin, foi o autor de um livro publicado em 2017 que discutia o envolvimento de líderes católicos com a comunidade gay, e administra um portal de notícias online voltado para católicos LGBT.
Diversas universidades americanas, em momentos anteriores, suspenderam discursos e eventos com Martin, frequentemente em resposta a pressão de grupos conservadores.
O cardeal, escolhido pelos cardeais de todo o mundo em maio, ainda não se pronunciou publicamente à comunidade LGBT e tampouco comentou publicamente o controverso decreto de Francisco de 2023.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.