Papa Francisco denuncia “massacre contínuo” de Israel e lamenta sofrimento palestino

Cardeal Parolin Condena “Massacre Contínuo” em Gaza

O principal diplomata do Vaticano expressou uma forte condenação à situação na Faixa de Gaza, classificando as ações do Exército de Israel como um “massacre contínuo” – uma das mais veementes críticas da Igreja Católica à guerra entre Israel e o Hamas até o momento.

O Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, fez essas declarações em uma entrevista ao jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, na véspera do segundo aniversário dos ataques do Hamas contra comunidades israelenses.

Parolin descreveu os ataques como um “massacre desumano”, alertou sobre o crescente antissemitismo como um “câncer” e enfatizou a necessidade de evitar que o “mal” que levou ao Holocausto se repita.

Contexto da Conflito e Impacto Humanitário

A guerra na Faixa de Gaza iniciou-se em 7 de outubro de 2023, após o lançamento de um ataque terrorista do Hamas contra Israel. Combatentes do grupo radical palestino causaram a morte de 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.

Em resposta, tropas israelenses iniciaram uma grande ofensiva com bombardeios e operações terrestres para tentar recuperar os reféns e neutralizar o comando do Hamas.

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Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, representando mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

Situação Atual e Desafios Humanitários

Desde o início da guerra, pelo menos 65 mil palestinos foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não diferencia entre civis e combatentes na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.

Parte dos reféns foi recuperada por meio de acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi resgatada por meio de ações militares. As autoridades estimam que cerca de 50 reféns ainda possam estar em Gaza, com cerca de 20 deles vivos.

A situação humanitária na Faixa de Gaza se agrava diariamente, com a fome generalizada devido à falta de acesso à assistência. Relatos de mortes por inanição são frequentes.