Palmeiras x Flamengo: Jogo e crise judicial com R$ 77 milhões em disputa
Crise na Libra: disputa pela fórmula de divisão de audiência e decisão judicial de R$ 77,1 milhões geram crise institucional entre clubes.
Crise no Futebol Brasileiro: Disputa por Audiência do Brasileirão
Um impasse sobre a forma de calcular a parcela de audiência no contrato de transmissão do Brasileirão desencadeou uma das maiores crises recentes do futebol brasileiro. O conflito, que começou como uma questão técnica, rapidamente se transformou em um embate jurídico e em trocas públicas de acusações entre Flamengo, Palmeiras e a Libra, que representa parte dos clubes da Série A e negocia coletivamente com a Globo.
Nos últimos anos, os clubes brasileiros se destacaram no cenário esportivo, conquistando títulos importantes na Libertadores, no Brasileirão e na Copa do Brasil. No entanto, a disputa pela divisão de receitas, especialmente a parcela relacionada à audiência, tem gerado tensões e questionamentos sobre a governança e a representatividade no futebol nacional.
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Em 2024, a Libra negociou com a Globo os direitos de transmissão do Brasileirão para o ciclo 2025–2029. O modelo aprovado previa uma divisão de receitas em três partes: 40% igualitário, 30% por desempenho e 30% por audiência. A divergência atual está justamente na última parcela, que se tornou o foco da disputa.
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Como Começou o Conflito
O Flamengo, liderado pelo presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap), alegou que o anexo que define o cálculo da audiência carece de elementos técnicos que permitam sua execução. Após tentativas de resolver o impasse internamente, o clube obteve uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio que determinou o depósito em juízo de R$ 77,1 milhões, valor referente à sua fatia na primeira parcela do acordo. Essa medida suspendeu o fluxo de pagamentos aos demais integrantes da Libra.
A resposta dos demais clubes foi imediata: notas públicas, recursos e reuniões emergenciais tomaram conta do noticiário esportivo. O Vitória, em processo de saída do bloco para migrar à LFU (Liga Forte União), também foi afetado pela situação.
O Que Dizem Cada Lado
O Flamengo argumenta que buscou diálogo antes de recorrer à Justiça e sustenta que o anexo em vigor não permite cálculo auditável da ponderação entre plataformas. Segundo o clube, a manutenção dos repasses da forma atual violaria o contrato. Em reunião pública, Bap afirmou: “Se o Flamengo jogasse sozinho, o dinheiro que sobraria para os outros seria muito pouco”.
A Libra classificou a ação do Flamengo como “um ato que interrompeu o diálogo e distorce fatos”. A entidade sustenta que os critérios de cálculo constam no estatuto e foram aprovados em assembleia. Para a Libra, a medida judicial é “individualista e prejudicial ao bloco”, além de gerar “risco reputacional e instabilidade para o projeto coletivo”.
A presidente Leila Pereira do Palmeiras fez críticas contundentes à postura do Flamengo e anunciou que o clube acionará o rival na Justiça por danos decorrentes do bloqueio de repasses. Em tom irônico, ela sugeriu a criação de uma nova liga sem o Rubro-Negro.
O que vem pela frente
Especialistas em direito esportivo e comercial apontam que o caso pode se estender e abrir precedente sobre governança em ligas de futebol no Brasil. O Palmeiras mantém a promessa de processar o Flamengo por danos, e outros clubes avaliam medidas semelhantes.
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.