Palestinos abandonam a cidade de Gaza com Israel conduzindo ataque a terra

O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que Israel está atacando a infraestrutura do Hamas com o objetivo de liberar os reféns.

17/09/2025 10:10

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(Imagem de reprodução da internet).

Israel intensificou um ataque aéreo e terrestre na Cidade de Gaza nesta terça-feira (16), confrontando a repúdio global, ao mesmo tempo em que palestinos se deslocavam em ondas da maior área urbana do território, diante do aumento dos bombardeios.

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As autoridades informaram que a invasão prevista iniciou nas áreas circundantes à cidade, com as forças israelenses aumentando seus ataques aéreos e a destruição de edifícios altos na semana anterior.

Israel Katz, Ministro da Defesa, declarou que “Gaza está em chamas”. Ele afirmou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão “atacando a infraestrutura terrorista” e trabalhando para assegurar “a libertação dos reféns e a derrota do Hamas”.

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel encontra-se em uma fase crítica da guerra, após atacar a cidade de Gaza, que o governo considera um dos últimos bastiões do Hamas.

O ataque acontece em um momento em que a ONU e outros alertam que agravará uma crise humanitária já crítica, com áreas de Gaza oficialmente em estado de fome.

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Cerca de um milhão de habitantes – representando quase a metade da população do território – residem na Cidade de Gaza e suas áreas circundantes.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) relataram que aproximadamente 40% da população local foi evacuada, números que a CNN não conseguiu verificar de forma independente.

Condenação internacional

A decisão de Netanyahu de seguir adiante com a operação, mesmo com a crescente condenação internacional e as preocupações de suas próprias autoridades de segurança, demonstra sua vontade de confrontar a pressão global e conduzir uma guerra sob seus próprios termos.

Na terça-feira (16), uma investigação da ONU concluiu que Israel está cometendo genocídio em Gaza, estabelecendo, em parte, que os civis no enclave destruído foram alvos coletivos devido à sua identidade como palestinos.

Israel declarou que rejeita categoricamente o relatório distorcido e falso e solicitou a sua extinção.

A cidade de Gaza, que resistiu em grande parte aos efeitos de cidades destruídas como Rafah e Khan Younis por quase dois anos de conflito, agora se depara com um quadro igualmente sombrio.

Na primeira jornada de incursão israelense, morreram pelo menos 93 palestinos no norte de Gaza, e mais de 100 em todo o território, segundo o Ministério da Saúde e fontes locais.

Os moradores da Cidade de Gaza, abalados por uma noite de ataques aéreos intensos, transportavam o que sobrou enquanto buscavam escapar.

A CNN exibiu imagens de casas demolidas no bairro de Sheikh Radwan, com algumas totalmente reduzidas a escombros, e indivíduos carregando sacolas e cobertores em busca de refúgio mais ao sul.

Drones israelenses estavam sobrevoando a área e moradores locais informaram à CNN que o bombardeio noturno foi um dos mais intensos que eles haviam testemunhado em meses.

Maysar Al Adwan, de Gaza, que transportava colchões e cobertores na cabeça, com o rosto suado, relatou não ter conseguido dormir a noite toda.

“Medo, medo, é tudo medo”, disse ele à CNN. “Explosões acima de nossas cabeças, o dia todo”, acrescentou.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.