Pai de aluna agrediu professor em escola pública no DF

Professor é Agredido em Escola Pública no Distrito Federal

Um professor sofreu agressão com nove socos por parte do pai de uma aluna em uma escola pública no Distrito Federal, na manhã de segunda-feira, 20/10. O incidente ocorreu após o educador solicitar que a estudante interrompesse o uso do celular durante a aula. Segundo o relato da vítima, o homem invadiu a sala de coordenação e proferiu ofensas, incluindo termos considerados abusivos.

A vítima apresentou lesões, como um olho roxo e hematomas nas costas, como resultado do ataque. O ocorrido gerou repercussão na comunidade escolar.

Carta Aberta do Professor

O professor divulgou uma carta aberta nesta quarta-feira, 22/10, em resposta ao incidente. A carta, publicada pelo portal LeoDias, direcionada ao advogado do agressor, Thiago Lênin Sousa.

Leia também:

Ex-estudante critica Kim Kardashian por linha de calcinhas com pelos

Bispo critica fiel por doação de US$ 1.235 para catedral

Polícia resgata 21 idosos em asilo clandestino no Rio

“Após 25 anos ensinando em uma escola pública no Brasil, ‘sobrevivente’ seria uma palavra mais adequada a ser usada quando a população se refere a nós, professores. Mas o senhor resolveu se referir a mim como ‘professor’, entre aspas. Poucos têm ideia do que seja lidar diariamente com adolescentes, cujos interesses, muitas vezes, estão absolutamente distantes de qualquer conteúdo ou orientação que uma escola possa oferecer”, escreveu o docente.

O professor também comentou sobre o comportamento dos alunos na sala de aula, destacando a falta de respeito aos limites estabelecidos e a percepção de que os professores são considerados subalternos e inconvenientes.

“Muitos chegam à sala sem respeitar qualquer tipo de limite que deveria ser ensinado no ambiente familiar. Tratam seus professores como subalternos, inapropriados, inconvenientes, verdadeiros empecilhos para que vivam a vida como acreditam que devam viver. Aceitar um ‘não’ como resposta é inadmissível”, completou.

Em outro trecho, o educador expressou sua frustração com a falta de interesse da sociedade em relação ao cotidiano estressante dos docentes e à falta de estrutura e recursos que afetam alunos e professores, ressaltando que a atenção se concentra apenas em momentos de crise.