Ozempic e Wegovy apresentam efeito colateral surpreendente, aponta pesquisa recente

Medicamentos da classe dos agonistas do GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1) demonstram eficácia, mas nova pesquisa revela efeito surpreendente.

14/10/2025 11:08

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Efeitos Inusitados de Medicamentos para Obesidade e Diabetes

Pesquisas recentes revelam que medicamentos como Ozempic e Wegovy, amplamente utilizados no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2, estão gerando preocupações nas áreas de diagnóstico médico. Esses fármacos, que pertencem à classe dos agonistas do GLP-1, têm se mostrado eficazes, mas novas investigações indicam que podem interferir em exames médicos.

Particularmente, os exames de imagem, como o PET-CT, que combina tomografia por emissão de pósitrons com tomografia computadorizada, podem ser afetados. Estudos da Alliance Medical, provedora de serviços de imagem na Europa, mostraram que pacientes em tratamento com esses medicamentos apresentaram padrões atípicos na captação do radiotraçador FDG, utilizado para detectar câncer.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Consequências da Interferência nos Exames

A absorção diferenciada do FDG pelas células cancerígenas permite a identificação de “pontos quentes” no corpo. No entanto, a interferência causada pelo GLP-1 pode complicar a interpretação dos resultados, resultando em diagnósticos equivocados. Isso pode levar à realização de exames adicionais desnecessários ou atrasar o tratamento adequado.

Leia também:

O uso de Ozempic e Wegovy tem crescido consideravelmente, com um aumento no número de pessoas nos Estados Unidos e em outros países buscando essas opções para problemas de saúde relacionados ao peso. A descoberta desse efeito colateral ressalta a importância de uma avaliação cuidadosa do histórico médico dos pacientes antes de exames de imagem.

A Importância do Histórico Médico

Dr. Peter Strouhal, diretor médico da Alliance Medical e líder do estudo, enfatizou a importância de identificar padrões alterados para evitar confusões no diagnóstico e reduzir a ansiedade dos pacientes. Ele destacou que, ao considerar o uso de medicamentos GLP-1, é possível garantir que os pacientes recebam o cuidado adequado, evitando intervenções desnecessárias.

Com a ausência de diretrizes específicas sobre como lidar com esse novo efeito colateral, os pesquisadores recomendam que os profissionais de saúde documentem cuidadosamente o histórico de medicação dos pacientes. Isso é fundamental para reconhecer possíveis interferências nos exames e assegurar diagnósticos precisos.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.