A Oxford University Press, editora da Universidade de Oxford, informou que não continuará a publicar a revista FSR (Forensic Sciences Research), publicação trimestral da Academia de Ciências Forenses da China, patrocinada pelo Ministério da Justiça chinês. A decisão foi comunicada nesta quarta-feira (16.jul.2025), quando a editora confirmou que publicará a FSR somente até o final de 2025.
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A decisão foi tomada após críticas a vários estudos publicados na revista que analisavam dados genéticos de uigures e outras minorias étnicas sob vigilância na China. Questionamentos surgiram sobre se os participantes desses estudos consentiram livremente com o uso de suas amostras de DNA.
De acordo com o Guardian, um estudo de 2020 examinou amostras de sangue de 264 uigures em Ürümqi, capital da região de Xinjiang. O principal autor da pesquisa estava vinculado à segurança estatal chinesa através da Faculdade de Polícia de Xinjiang, que financiou a pesquisa.
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Em 2024, a editora divulgou uma manifestação de preocupação em relação ao artigo de 2020, questionando se os uigures em Xinjiang poderiam recusar voluntariamente a participação em um estudo realizado por agentes da segurança estatal chinesa.
Entre 2016 e 2018, estima-se que aproximadamente um milhão de uigures foram detidos, conforme a denominação chinesa de “centros de treinamento vocacional”. A ONU apontou que as políticas em Xinjiang podem configurar crimes contra a humanidade. Há relatos de autoridades coletando amostras de DNA de milhões de uigures sob o pretexto de exames de saúde.
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Fonte por: Poder 360