Ouro sobe com incertezas macroeconômicas e notícias de Trump

O contrato de ouro mais líquido fechou em alta nesta quinta-feira (10) devido à procura por ativos de segurança, considerando a contínua distribuição de tarifas por Donald Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos.

O contrato de ouro com vencimento em agosto subiu 0,14% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), finalizando a sessão em US$ 3.325,70 por onça-troy.

Ontem, o presidente americano anunciou novas tarifas contra oito países, incluindo uma taxa de 50% sobre as importações do Brasil a partir de 1º de agosto – a maior alíquota divulgada até então na semana. As tensões comerciais continuam a obscurecer as perspectivas de crescimento econômico global, com a expectativa de que novas tarifas gerem pressões inflacionárias por meio de custos de importação mais elevados. Essa dinâmica pode reforçar o papel do ouro como proteção contra a instabilidade macroeconômica, afirma Linh Tran, analista de mercado da XS.com.

Adicionalmente, os preços do metal precioso aumentaram após a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) de junho demonstrar que as autoridades possuem divergências em relação às perspectivas de reduções nas taxas de juros em 2025. “Se os dados de inflação continuarem a arrefecer, a probabilidade de um corte de juros do Fed em setembro tornará-se mais evidente, podendo exercer pressão sobre o dólar e favorecer um novo aumento do ouro”, complementa Tran.

A probabilidade do Banco Central americano reduzir as taxas de juros em setembro permanece majoritariamente alta, conforme indica a ferramenta do CME Group. Até dezembro, a expectativa é de que o Federal Reserve realize um corte total de 50 pontos-base, com 43,3% de chance.

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Uma flexibilização monetária tende a favorecer o ouro, que não possui rentabilidade de juros.

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Fonte por: CNN Brasil