O contrato mais líquido de ouro encerrou em alta nesta sexta-feira (18) devido à fraqueza do dólar e dos juros dos Treasuries, que cederam com os sinais do diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, de cortes de juros já na reunião de julho. Os investidores também acompanham os desdobramentos das negociações tarifárias dos Estados Unidos.

O contrato de ouro com vencimento em agosto subiu 0,39% na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), finalizando a sessão em US$ 3.358,30 por onça-troy. Na semana, o metal dourado registrou uma queda de 0,17%.

Waller afirmou que busca assegurar que não ocorrerá um pouso forçado da economia americana, o que, para ele, justifica a realização de um “corte de segurança” nas taxas de juros neste mês. A redução seria favorável ao ouro, mas o grupo CME Group ainda visualiza setembro como a principal previsão para o primeiro corte do ano.

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Para o Commerzbank, embora tenha havido progresso na sessão de hoje, o “impressionante” aumento do ouro no acumulado do ano “está perdendo força”. “Embora o dólar americano tenha caído para seu nível mais baixo em relação ao euro em quatro anos no início de julho, o metal precioso foi negociado em ampla faixa lateral”, aponta. Segundo o banco alemão, o movimento de baixa, contudo, “não é uma surpresa”, considerando o aumento de quase 27% no preço do ouro no acumulado do ano.

A Trade Nation avalia que o ouro “permanece estagnado em uma faixa estreita”, aguardando novos impulsos. “Uma recuperação do dólar americano neste mês parece estar limitando quaisquer ganhos potenciais para o ouro por enquanto”, avalia, ao reiterar que o ativo de segurança pode sofrer pressão de baixa se a moeda americana subir.

De acordo com informações do Financial Times, o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentou suas exigências nas negociações comerciais com a UE, buscando uma tarifa mínima de 15% a 20%, o que gera incerteza e pode favorecer a alta do ouro no futuro.

Fonte por: CNN Brasil