Ouro fecha em alta nesta quarta-feira com aversão ao risco global e expectativa de dados dos EUA

Ouro fecha em alta com aversão a risco global

O preço do ouro registrou alta nesta quarta-feira (19), impulsionado pela busca por segurança em um cenário de aversão ao risco global. Os investidores mostraram cautela antes da divulgação da ata do Federal Reserve e do relatório de empregos dos EUA, previsto para quinta-feira (20), referente a setembro.

O anúncio de que o relatório de empregos de outubro não seria divulgado reduziu parte dos ganhos do metal durante a tarde. Isso ocorreu em meio ao aumento das expectativas de que o Fed mantenha os juros inalterados em dezembro. Na Comex, a divisão de metais da Nymex, o ouro para dezembro encerrou com alta de 0,40%, cotado a US$ 4.082,80 por onça-troy.

Movimento nos mercados e análise técnica

Analistas do ANZ Research destacaram que os mercados acionários apresentaram queda globalmente, refletindo um nervosismo em relação a avaliações elevadas. Esse cenário levou a uma “mudança para o modo de aversão a risco”, favorecendo a compra de ativos de proteção, como o ouro.

A volatilidade tende a aumentar com a proximidade do relatório de empregos.

Do ponto de vista técnico, o StoneX apontou sinais de recuperação no curto prazo. O analista Matt Simpson notou a formação de um segundo “martelo de alta” no gráfico diário, sugerindo um possível “fundo de reversão”. Ele destacou que, se o preço superar a máxima de terça-feira (US$ 4.084), poderá haver um teste nas regiões de US$ 4.200 e US$ 4.250.

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Fluxos de mercado e comércio de ouro

O TD Securities observou que as compras do metal precioso aumentaram ao longo do ano, embora tenham perdido força no terceiro trimestre. O fluxo de compras é predominantemente impulsionado por gerenciamento de riquezas e fundos hedge. Os bancos centrais continuam a adquirir ouro, mas os fluxos de fundos ainda dominam o mercado.

A Capital Economics ressaltou que o comércio de ouro nos EUA está sendo impactado por variações nas importações. Em um relatório, a consultoria informou que o déficit diminuiu em agosto, principalmente devido à queda nas importações de ouro, que recuaram US$ 9,3 bilhões no mês.