Ouro fecha em alta após ameaças tarifárias de Trump
O contrato mais líquido do ouro registrou alta nesta sexta-feira (10), impulsionado pelas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas à China. Os investidores também monitoraram o décimo dia de shutdown no país norte-americano.
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Na Comex, divisão de metais da Nymex (bolsa de Nova York), o ouro para dezembro encerrou com um aumento de 0,7%, cotado a US$ 4.000,40 por onça-troy. O metal precioso teve uma variação semanal positiva de 2,34%, marcando sua oitava semana consecutiva de valorização.
Após uma pausa na véspera, o ouro retomou seu rali devido à deterioração do sentimento de risco nos mercados globais, provocada pela ameaça de Trump. O presidente americano expressou descontentamento com a China por impor restrições a metais básicos.
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Impacto no mercado financeiro
Com a divulgação das notícias, o dólar e os juros dos Treasuries, que competem com o ouro como ativos seguros, apresentaram uma queda significativa, beneficiando o setor de metais preciosos.
A prata também fechou em alta de 0,19%, cotada a US$ 47,24 a onça-troy, apesar de uma perda aproximada de 1,5% na semana, que foi marcada pela renovação do maior nível de fechamento do metal prateado em sua série histórica na quarta-feira.
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O décimo dia da paralisação do governo dos Estados Unidos continua a deixar o mercado sem dados econômicos oficiais. Para o Commerzbank, essa situação aumenta a sensação de insegurança, valorizando ainda mais o ouro. A instituição destacou que, enquanto outros mercados aguardam novos dados dos EUA, o ouro se beneficia da falta de publicações, ressaltando o alto nível de incerteza política.
Analistas do Deutsche Bank alertam que, caso o shutdown não seja resolvido em breve, a divulgação de outros dados econômicos pode ser impactada. Autoridades dos EUA informaram que demissões em massa de funcionários do governo começaram nesta sexta-feira, enquanto o Departamento do Trabalho busca se reestruturar para divulgar dados do CPI (índice de preços ao consumidor) antes da decisão do Federal Reserve.
