Ouro cede terreno após quebrar marca recorde histórica pela segunda vez

Além da obtenção de lucros, um dólar valorizado também influenciou o setor.

04/09/2025 18:32

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Ouro cede terreno após quebrar marca recorde histórica pela segunda vez
(Imagem de reprodução da internet).

O contrato mais líquido do ouro registrou queda nesta quinta-feira (4), após sustentar sua máxima por duas sessões seguidas. Além da realização de ganhos, influenciou o metal um dólar em alta, o que torna o ativo, negociado na moeda americana, mais caro para possuidores de outras moedas.

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Contudo, especialistas notaram um panorama favorável para valores altos, considerando o Federal Reserve. Na sexta-feira (5), o relatório de emprego dos Estados Unidos deverá fornecer indicações sobre as próximas decisões da entidade.

O ouro com liquidação em dezembro fechou em queda de 0,79%, a US$ 3.006,70 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da Nymex (bolsa de Nova York).

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Nigel Green, CEO do deVere Group, declara: “O aumento do ouro para um patamar recorde evidencia a magnitude da insatisfação entre os investidores. Atualmente, projetamos que o preço alcance US$ 5 mil a onça até o final do primeiro trimestre de 2026. Os fatores determinantes já estão presentes e o impulso está se intensificando.”

Espera-se que o Fed anuncie um corte nas taxas de juros neste mês, considerando o enfraquecimento do mercado de trabalho dos EUA e o aumento dos riscos de recessão. Taxas mais baixas diminuem o interesse por depósitos e títulos do governo, ao mesmo tempo em que sustentam o ouro físico.

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Paralelamente, as tensões comerciais e a incerteza fiscal durante o governo do presidente Donald Trump continuam afetando os mercados. “O ouro se beneficia em contextos onde os governos são imprevisíveis”, comenta Green.

A deterioração da confiança nas moedas fiduciárias é causada por ataques à independência do Fed, políticas comerciais erráticas e déficits crescentes, conforme aponta Green. Os investidores respondem buscando ativos politicamente neutros e globalmente reconhecidos.

De acordo com a Sucden Financial, a demanda dos bancos centrais continua oferecendo uma base sólida aos preços. As aquisições do setor comercial devem exceder mil toneladas pelo quarto ano consecutivo, indicando uma mudança contínua na estratégia de reservas.

A mais recente pesquisa do World Gold Council revela que quase metade dos bancos centrais pretende elevar suas alocações de ouro, a maior parte já consolidada. Essa dinâmica contribuiu para estabelecer um patamar de preço em torno de US$ 3.280 a onça, apesar das oscilações nos fluxos especulativos.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.