Ouro cede patamares devido à liquidação de ganhos em cenário de tensões comerciais
Em termos acumulados até o momento do ano, o ouro tem aumentado em 22%.
Os preços do ouro diminuíram nesta sexta-feira (30) com investidores encarecendo lucros após os valores mais altos recentes, em função de um dólar mais robusto.
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A ação se dá à medida que os mercados processam os recentes acontecimentos da disputa tarifária desencadeada pelo presidente americano, Donald Trump, e um novo relatório de inflação mais branda nos Estados Unidos, que manteve o otimismo em relação a possíveis reduções de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda em 2023.
Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para junho registrou queda de 0,85%, a US$ 3.288,9 por onça-troy. Na semana, o metal apresentou perda de 2% e, em maio, houve recuo de 0,28%.
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Em termos acumulados até o momento do ano, o ouro apresenta um aumento de 22%.
Para David Meger, da High Ridge Futures, o ouro encontra-se em um período de consolidação. “O metal está sob leve pressão com uma menor demanda por proteção, mas parece que haverá resistência significativa por parte de Trump, o que poderá sustentar os preços”, declarou.
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A Justiça dos EUA revogou parcialmente as tarifas impostas por Trump, porém essa decisão foi temporariamente suspensa pela Corte de Apelações dos EUA na quinta-feira.
O impasse persiste visto que a decisão se limita às tarifas recíprocas, mantendo incertezas sobre as setoriais, segundo analistas do Commerzbank. Para o banco, isso reforça o clima de cautela e sustenta a expectativa de cortes nas taxas de juros, o que tende a favorecer o ouro como ativo de proteção.
Apesar das recentes tensões entre Estados Unidos e China, após Trump acusar Pequim de violar o acordo comercial, o metal precioso perdeu força.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, declarou que as negociações com a China estão “um pouco paradas”, gerando um clima de incerteza nos mercados. Do ponto de vista macroeconômico, a inflação mais branda nos EUA não deverá modificar a postura prudente do Fed, segundo a ING.
Apesar do alívio, o banco adverte que novas tarifas podem elevar os preços nos próximos meses, restringindo a capacidade de atuação do Banco Central. Contudo, o ING estima um descompasso de juros em setembro.
Mercado de trabalho apresenta competição entre desengajamento e contratações reduzidas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.
