Ouro avança 2,5% e alcança marca de US$ 3,3 mil impulsionado por taxas baixas e dólar desvalorizado
Diante das ameaças de Trump em relação ao aumento de tarifas sobre aço e alumínio, a insegurança econômica eleva a procura pelo ativo.

Análise do Mercado de Ouro
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O ouro registrou alta na segunda-feira (2), com os contratos futuros subindo 2,5% e atingindo a marca de US$ 3.350 por onça-troy. Esse movimento demonstra a procura por ativos de proteção, motivada pela desvalorização do dólar e por uma combinação de riscos e incertezas econômicas que aumentaram a demanda pelo metal.
O contrato de ouro com vencimento em junho subiu 2,48% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), fechando o dia a US$ 3.370,6 por onça-troy. O índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de 6 moedas fortes, cedia 98,845 pontos, por volta das 14h50 (horário de Brasília).
De acordo com Peter Grant, analista da Zanier Metals, as recentes ameaças do governo de Donald Trump sobre tarifas, incluindo o projeto de elevar as taxas sobre aço e alumínio para 50%, juntamente com os ataques da Ucrânia no fim de semana em território russo, elevaram os riscos geopolíticos e intensificaram o sentimento de aversão ao risco.
Russ Mould, da AJ Bell, afirmou: “Como esperado, o ouro subiu com o retorno dos investidores a ativos considerados porto seguro.”
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Com receios renovados da guerra comercial e iminentes disputas sobre impostos e gastos nos EUA, a tensão do mercado permanece alta. As preocupações contínuas com o teto da dívida devem aumentar ainda mais a volatilidade. O cenário de aversão ao risco e incertezas fiscais é muito favorável para os preços do ouro, avalia Fawad Razaqzada, da StoneX.
Razaqzada afirmou: “Com novas preocupações sobre a guerra comercial, incertezas fiscais e o limite da dívida nos EUA, o cenário está perfeito para a volatilidade. Para a previsão do ouro, esse pano de fundo de aversão ao risco e incerteza fiscal não poderia ser mais favorável.”
Na análise técnica, a quebra do suporte em US$ 3.295 pode indicar o alcance do pico de maio, em US$ 3.431, e até o recorde histórico de abril, em US$ 3.500. Alternativamente, uma perda de força e retorno abaixo de US$ 3.300 apontaria para os próximos suportes técnicos nos níveis de retrações de Fibonacci da alta entre janeiro e abril, próximos a US$ 3.291.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.