Ouro atinge novo recorde de US$ 4.100 com tensões comerciais e expectativa de juros nos EUA
Impulsionado por tensões comerciais e expectativa de alívio monetário, metal registra impressionante alta de 57% em 2025.
Ouro atinge nova máxima histórica
O ouro alcançou um novo recorde histórico nesta terça-feira, 14, sendo cotado acima de US$ 4.100 por onça pela primeira vez. Durante a madrugada, a cotação à vista chegou a US$ 4.179,48, antes de recuar para US$ 4.128,49 por volta das 5h, no horário de Brasília.
Nos contratos futuros com vencimento em dezembro, o metal precioso teve uma alta de 0,3%, sendo negociado a US$ 4.144,10. No acumulado de 2025, o ouro apresenta uma valorização de 57%, impulsionada pela expectativa de redução da taxa de juros nos Estados Unidos e pela busca por ativos de proteção em meio à instabilidade internacional.
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Expectativas sobre a política monetária dos EUA
A expectativa em relação à política monetária dos Estados Unidos aumentou após declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed). Os investidores aguardam o discurso do presidente do banco central, programado para esta terça-feira, durante um evento oficial.
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Enquanto isso, as relações entre Washington e Pequim se deterioraram novamente com o anúncio de novas tarifas sobre o transporte marítimo. Donald Trump e Xi Jinping devem se encontrar na Coreia do Sul ainda neste mês, conforme informações do Departamento do Tesouro dos EUA.
Demanda por ouro e outros metais preciosos
A demanda por ouro tem sido reforçada por aquisições de bancos centrais e investimentos significativos em fundos de índice relacionados ao metal. A prata, que também atingiu recordes recentes, apresentou uma queda de 0,1%, sendo cotada a US$ 52,27, após ter alcançado US$ 53,60 anteriormente.
Entre os outros metais preciosos, a platina subiu 0,6%, sendo negociada a US$ 1.654,65, enquanto o paládio registrou uma leve alta de 0,2%, cotado a US$ 1.477,95.
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.