OTAN não representa ameaça com seu rearmamento, segundo Putin

O presidente da Rússia declarou que a Rússia possui as armas necessárias para sua defesa e comemorou o progresso diário das tropas na Ucrânia, notando a redução do número de efetivos e as dificuldades enfrentadas.

19/06/2025 7:53

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OTAN não representa ameaça com seu rearmamento, segundo Putin
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Rússia, Vladimir Putin , declarou nesta quinta-feira (19, data local) que o incremento dos gastos da OTAN com defesa não constitui uma “ameaça”, justificando que Moscou possui as armas necessárias para sua autodefesa. Em entrevista a jornalistas estrangeiros em São Petersburgo, Putin celebrou que suas tropas avançam diariamente contra um exército ucraniano com menor efetividade e em dificuldades. A ofensiva russa contra a Ucrânia, juntamente com o afastamento do presidente americano, Donald Trump, de seus aliados da Europa, despertou a atenção de países europeus para a necessidade de assegurar sua própria segurança.

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Na próxima semana, a aliança militar ocidental realizará uma cúpula em Haia para debater o incremento do investimento militar a 5% do PIB, conforme solicitado pelo presidente americano. Putin, por sua vez, não acredita que “o reforço da OTAN represente uma ameaça ao país”, afirmando que “a Rússia moderniza continuamente suas Forças Armadas e sua capacidade de defesa. Somos autossuficientes para assegurar nossa própria segurança”.

Para Putin, um investimento maior da OTAN em defesa geraria “desafios específicos” para a Rússia, mas ele ressaltou que tal gasto não faria “nenhum sentido” para alguns membros da aliança. O presidente também comentou o possível fornecimento de mísseis Taurus alemães para a Ucrânia, proposto pelo chefe de governo da maior economia europeia, Friedrich Merz. Segundo Putin, o envio desses projéteis de longo alcance “não afetará o curso dos combates, mas destruirá totalmente” as relações com Berlim.

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Putin descreveu sua ofensiva em larga escala na Ucrânia como parte de um conflito mais amplo entre a Rússia e a OTAN. Entre suas condições para uma possível paz na Ucrânia, o líder russo exige que Kiev abandone a intenção de se juntar à aliança, e deseja discutir com Trump uma nova estrutura de segurança no continente. As intenções de Putin contrastam com as de Kiev, que exige garantias de segurança da OTAN como parte de um acordo para finalizar mais de três anos de guerra .

Reunião possível.

As negociações entre as partes permanecem paralisadas, mesmo com a pressão de Trump por um cessar-fogo. A Rússia rejeita a “tregua incondicional” que a Ucrânia e seus aliados europeus solicitam, enquanto Kiev descarta as exigências russas para participar de um diá. “Estou, inclusive, disposto a me reunir com Zelensky, mas apenas como etapa final”, declarou Putin, que reiterou questionamentos sobre a legitimidade do ucraniano, cujo mandato terminava oficialmente em maio de 2024, porém não podia convocar eleições devido à lei marcial imposta após a invasão de Moscou.

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O presidente russo destacou que é preciso encontrar uma solução que não só encerre o conflito presente, mas que também estabeleça as condições necessárias para impedir que situações semelhantes se repitam no futuro. A Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território ucraniano, e exige que Kiev retire suas tropas das quatro regiões do leste e sul que Moscou afirma ter incorporado.

Com informações da AFP.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.