Os varejistas de pequeno e médio porte desempenham um papel fundamental na atividade da construção civil no Brasil

Companhias comerciais locais impulsionam o comércio, exercem influência nas escolhas dos consumidores e lidam com dificuldades de administração e adoção…

18/07/2025 10:43

3 min de leitura

Os varejistas de pequeno e médio porte desempenham um papel fundamental na atividade da construção civil no Brasil
(Imagem de reprodução da internet).

Empresas de pequeno e médio porte são os principais responsáveis pela distribuição de materiais de construção no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com pontos estabelecidos em áreas residenciais e comerciais, essas empresas atendem a solicitações que abrangem desde reformas até manutenções diárias.

Conforme Bianca Ferarezi, diretora de produto da Juntos Somos Mais – empresa de tecnologia que mantém um marketplace B2B que conecta varejistas do setor a fornecedores –, essas lojas desempenham um papel operacional relevante na cadeia da construção.

Leia também:

O comércio varejista possui abrangência geográfica significativa e assegura o acesso da população a produtos indispensáveis. Trata-se de negócios que atendem desde o consumidor comum até pequenos profissionais da construção civil.

O estudo da Juntos Somos Mais revela que a maioria das lojas possui até oito funcionários, registra um faturamento em torno de R$ 1 milhão por ano e disponibiliza um portfólio diversificado, incluindo produtos hidráulicos, elétricos, ferramentas e ferragens.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compra guiada pela proximidade

A pesquisa aponta que 91% dos consumidores não pesquisam preços antes de comprar em estabelecimentos desse tipo. Adicionalmente, 65% não buscam opções disponíveis na internet.

Aproximadamente 97% dos clientes demoram menos de 30 minutos para chegar ao local de venda.

De acordo com Bianca, isso indica um padrão de consumo caracterizado pela rapidez. Uma compra é finalizada de maneira direta, sem comparações. A localização e o atendimento ágil exercem maior influência do que o preço final, ela avalia.

Empresas estabelecem opções.

A força das marcas também se revela um fator determinante nas decisões de compra.

Segundo o estudo, 30% dos comerciantes selecionam produtos considerando a procura dos clientes. Adicionalmente, 26% preferem marcas mais reconhecidas, sem levar em conta a margem de lucro ou as condições de negócio.

Isso demonstra como o setor possui espaço para colaborar com comerciantes, fortalecendo sua presença através de visibilidade e relacionamento, segundo Bianca.

A estrutura influencia nas vendas.

A pesquisa indica que a organização, o atendimento e a exposição dos produtos afetam o desempenho comercial.

A falta de treinamento da equipe, a estrutura física inadequada ou a ausência de vitrines funcionais limitam a competitividade, mesmo em áreas com alta demanda.

A investida no ambiente de loja e a operação básica são necessárias. Esses fatores determinam se a venda será concluída ou não.

A digitalidade como apoio.

A digitalização surge como uma chance de desenvolvimento. Apesar de muitos consumidores não comprarem online, o ambiente digital possibilita a divulgação de promoções, a conquista de novos clientes e a ampliação do relacionamento com fornecedores.

Bianca ressalta que a presença digital pode iniciar com medidas básicas. “Possuir um perfil ativo nas redes sociais ou integrar-se a marketplaces B2B já expande o alcance e proporciona acesso a uma variedade maior de produtos e condições de compra mais favoráveis.”

As plataformas digitais auxiliam na gestão de estoque de forma mais eficiente.

Crescimento depende da profissionalização.

O estudo comprova a relevância do comércio varejista de pequeno e médio porte no atendimento do setor da construção.

Para Bianca, esses negócios têm contato direto com o consumidor e compreendem as demandas regionais. Contudo, é necessário investir em modernização.

A conclusão aponta que a profissionalização da gestão, o emprego de tecnologia e a integração entre os canais físicos e digitais podem aprimorar o desempenho e assegurar a competitividade no futuro.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.