O parlamentar afastado criticou Alexandre de Moraes e citou uma interferência externa para exercer pressão sobre o Supremo Tribunal Federal.
Na noite anterior à operação da Polícia Federal que instalou monitoramento eletrônico em Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo nas redes sociais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Eduardo afirmou que seria “mais fácil um porta-aviões americano chegar ao Lago Paranoá” do que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ser recebido por autoridades dos Estados Unidos, em referência a uma frase irônica do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A declaração ocorre em meio à tensão diplomática causada pela taxa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
“Se Deus quiser, chegará em breve”, declarou o parlamentar de extrema-direita, em referência ao porta-aviões.
A declaração de Eduardo representa uma reviravolta do comentário feito por Moraes na The New Yorker em abril, quando o ministro criticou pressões externas sobre as decisões do STF: “Se enviarem um navio-avião, então veremos. Se o navio-avião não chegar ao Lago Paranoá, não influenciará a decisão aqui no Brasil”. O Lago Paranoá, contudo, é uma barragem artificial no centro de Brasília (DF), sem ligação com o mar, o que reforça o tom metafórico da afirmação original.
No vídeo, Eduardo se apresenta como articulador ao governo Trump, argumenta que as sanções americanas devem ser empregadas como instrumento de pressão por anistia aos condenados do 8 de janeiro e critica Alckmin por buscar diálogo diplomático.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.