Os brindes personalizados continuam relevantes, com o mercado em expansão no Brasil e foco no aspecto emocional

Consumidor demonstra preferência por receber lembretes, afirma especialista sobre o impacto da personalização.

20/06/2025 7:03

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Os brindes personalizados continuam relevantes, com o mercado em expansão no Brasil e foco no aspecto emocional
(Imagem de reprodução da internet).

O mercado brasileiro de brindes corporativos alcançou R$3,1 bilhões em receita bruta em 2024, representando cerca de 2,5% do mercado global (US$21,6 bilhões). Este tipo de presente personalizado continua relevante e em ascensão. “É um mercado que, após a pandemia, apresentou crescimento de dois dígitos anualmente, impulsionado, em grande parte, por kits de integração para novos funcionários e pela expansão do mercado digital, onde influenciadores oferecem mimos a clientes e convidados”, afirma Anderson Prieto, CEO da Tangram Personalizados.

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A expectativa do setor é de um crescimento na ordem de 30 a 40% no segundo semestre, com todas as empresas preocupadas em presentear seus clientes e colaboradores.

Uma pesquisa da Promotional Products Association International (PPAI) revelou que 83% dos consumidores apreciam receber brindes de empresas e 48% declaram que teriam maior probabilidade de realizar negócios com uma marca após receber um produto promocional de qualidade. “O fator distintivo não reside no presente em si; está na atenção em cada fase, na garantia em relação à produção e na confiança em centralizar a ideia em uma empresa para executar uma campanha e alcançar um resultado positivo.”

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Segundo Prieto, responsável por uma das maiores empresas de personalizados da América Latina, a pandemia alterou alguns conceitos, visto que produtos personalizados se tornaram protagonistas dentro de casa durante o isolamento social. Ademais, hábitos que antes eram menos frequentes passaram a ser comuns: conforme relatório da LTP Personalização, garrafas e copos térmicos representam 16% da produção de brindes no país. O personalizado ocupa um espaço no cotidiano do consumidor e veio para permanecer.

Em um mundo tão acelerado, onde tudo parece ser substituível e passageiro, os presentes personalizados continuam emocionando porque tocam algo muito profundo em nós: o desejo de ser visto, lembrado e valorizado como alguém único. Cada pessoa que recebe esse tipo de presente carrega uma história única, com marcas, memórias e dores particulares. Em tempos que quase tudo é digital e automático, o gesto de personalizar um presente resgata algo essencial: o valor da presença, da escuta e da conexão entre pessoas ou até mesmo consumidores e marcas.

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O ato de oferecer algo em troca de lealdade é uma estratégia que persiste ao longo dos séculos devido à sua conexão com aspectos humanos fundamentais: o vínculo afetivo que surge a partir da troca. Do ponto de vista psicanalítico, cada gesto de oferta possui um simbolismo. Quando alguém nos dá algo, mesmo que seja um simples presente, isso pode evocar sentimentos de reconhecimento, pertencimento e, frequentemente, gratidão. Não se trata apenas de uma transação comercial, mas de um vínculo simbólico que, quando bem estabelecido, pode perdurar por muito tempo. O presente, nesse sentido, atua como um marcador emocional. Ele chama a atenção porque é algo concreto, tangível, que se distancia do campo da comunicação e entra no âmbito da vivência.

Nosso cérebro realiza um tipo de “associação emocional” quando utilizamos algo que nos remete a emoções positivas. Ele registra que aquela marca estava presente quando você estava feliz, e, sem perceber, você começa a associá-la a uma sensação de leveza e prazer. “O cérebro é muito movido por emoções. Ele adora criar vínculos entre o que sentimos e o que vivemos, por isso, se você está num dia de sol, rodeado de amigos, rindo, e usando uma boné ou uma garrafinha com uma marca específica. Essa imagem “gruda” na sua memória junto com a sensação de felicidade. E isso tem um poder enorme porque todos nós buscamos repetir o que nos faz bem. A felicidade é um sentimento potente e é utilizada a favor das marcas para realizar memórias afetivas, ela vira parte da sua história”, aponta Castro.

Fonte por: Jovem Pan

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.