O rapper Oruam, filho do conhecido traficante Marcinho VP, manifestou sua indignação através de suas redes sociais em relação à megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro na terça-feira, 28.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A operação, com o objetivo de desmantelar o Comando Vermelho, um dos maiores grupos criminosos do estado, resultou em um elevado número de mortes, incluindo quatro policiais. O artista classificou a ação como a “maior chacina da história do Rio de Janeiro”, expressando sua dor diante do sofrimento das famílias afetadas pela violência policial.
Além das mortes policiais, a operação resultou na prisão de 81 indivíduos e na apreensão de 75 fuzis, conforme dados oficiais. Especialistas em segurança pública e organizações de direitos humanos consideram a ação extremamente violenta, alertando sobre o potencial de gerar ciclos de retaliação e intensificar conflitos entre comunidades e forças policiais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Registros demonstram que a letalidade em operações policiais no Rio de Janeiro é um problema recorrente. Entre 2020 e 2022, o estado contabilizou 67 “chacinas” em ações policiais, resultando em 308 mortes, conforme dados da Rede de Observatórios da Segurança.
A ADPF 635, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), estabelece critérios para limitar a realização de operações em favelas, visando proteger a vida dos moradores e reduzir a letalidade policial. No entanto, ações de grande escala continuam sendo realizadas, gerando críticas e intensificando o debate sobre a política de segurança no Rio de Janeiro.
LEIA TAMBÉM!
Oruam, com seu histórico pessoal e posicionamento público, reflete a tensão entre o direito à segurança e a preservação da vida nas comunidades periféricas. Ele tem se manifestado contra o uso excessivo da força e denunciado que muitos jovens são vítimas de políticas de segurança que priorizam o confronto armado em detrimento de soluções sociais.
As operações policiais geram impactos sociais e psicológicos profundos, com moradores de comunidades afetadas relatando medo constante, traumas e desconfiança em relação às forças de segurança. Líderes comunitários e organizações civis defendem que políticas preventivas, investimento em educação e infraestrutura social seriam alternativas mais eficazes para reduzir a criminalidade a longo prazo, sem colocar em risco vidas inocentes.
