Organizações criminosas desenvolveram material informativo para executar o golpe envolvendo a falsa representação legal

Grupo criminoso executou operação complexa, com produção de material que detalhava, em etapas, a abordagem de vítimas, a simulação de ligações judiciais…

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(Imagem de reprodução da internet).

Em São Paulo, na terça-feira (15), dois homens foram presos durante uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, suspeitos de coordenar a logística de uma organização criminosa especializada no golpe do “falso advogado”.

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A investigação revelou um tipo de “manual do golpe”, um material detalhado que instruía, passo a passo, como abordar vítimas, simular atendimentos jurídicos por telefone e até falsificar documentos. O propósito era treinar e ampliar a rede de criminosos.

O delegado João Vitor Heredia afirmou que o responsável pelo esquema cobrava uma porcentagem sobre cada valor obtido nos golpes, uma espécie de “taxa de franquia do crime”.

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As prisões ocorreram na segunda fase da Operação Falso Patrono, conduzida pelo DERCC (Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos) do Rio Grande do Sul, com apoio da Polícia Civil de São Paulo.

O esquema operava da seguinte forma.

O golpe do “falso advogado” dependia da divulgação de informações judiciais. Os fraudadores acompanhavam ações de indenizações e, em seguida, contatavam as vítimas, disfarçando-se de representantes de escritórios de advocacia.

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A fraude consistia em alegar a existência de valores disponíveis para levantamento, mas exigindo o pagamento de taxas, impostos ou despesas judiciais – frequentemente por meio do PIX. Alguns golpistas adicionavam mais confiança, realizando videochamadas com as vítimas.

Golpe afetou mais de 1.500 pessoas no Rio Grande do Sul; movimentação suspeita na conta de um dos envolvidos atingiu 1 milhão de reais.

A Polícia Civil aponta que o esquema afetou pelo menos 1.500 vítimas no Rio Grande do Sul. Os danos financeiros oscilavam de R$ 1 mil a valores consideravelmente superiores.

Segundo o delegado João Vitor Heredia, apenas uma das contas bancárias controladas por um dos presos já registrava a movimentação de R$ 1 milhão, valor considerado ilícito e relacionado diretamente ao golpe.

A OAB-RS informou que os criminosos em questão não eram advogados.

A Seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil declarou que ninguém dos participantes estava devidamente registrado como advogado na organização.

A OAB-RS tem cooperado com as investigações e reiterou que, até o momento, não há evidências da participação de advogados no esquema.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.

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