Teerã autorizou a interrupção da colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica até que a segurança de seus complexos nucleares seja assegur…
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou, na sexta-feira (4), que removeu inspetores do Irã.
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Israel realizou seus primeiros ataques militares contra instalações nucleares do Irã há três semanas.
Os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, na sigla em inglês) não realizaram inspeções nas instalações iranianas desde então, ainda que o diretor-geral, Rafael Grossi, tenha declarado que essa é sua principal preocupação.
O impasse decorre da aprovação pelo parlamento iraniano de uma lei que determina a suspensão da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica até que a segurança de suas instalações nucleares seja assegurada.
A agência afirma que o Irã ainda não a informou formalmente sobre qualquer suspensão, mas não está claro quando seus inspetores poderão retornar ao país.
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A equipe de inspetores da AIEA retornou em segurança do Irã para a sede da Agência em Viena, após permanecer em Teerã durante o conflito militar.
O programa nuclear iraniano é um tema de grande preocupação internacional, envolvendo o desenvolvimento de capacidades nucleares pelo Irã, o que levanta questões sobre proliferação de armas e segurança regional.
Embaixadores relataram que o contingente de inspectores da agência no Irã foi reduzido a poucas pessoas após o início da guerra, em 13 de junho.
Alguns também manifestaram preocupação com a segurança dos inspetores após o fim do conflito, em razão das duras críticas à agência feitas por autoridades e da mídia do Irã.
Teerã acusou a agência de abrir caminho para os bombardeios ao emitir um relatório condenatório em 31 de maio.
De acordo com informações oficiais do Irã, o documento resultou em uma decisão do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com a participação de 35 países, que constatou o descumprimento das obrigações do Irã em relação à não proliferações.
O diretor-presidente da AIEA, Rafael Grossi, declarou que mantém o relatório. Ele negou ter oferecido proteção diplomática para atividades militares.
Os ataques militares dos EUA e de Israel destruíram ou danificaram seriamente as três instalações de enriquecimento de urânio do Irã.
Contudo, não ficou evidente o que ocorreu com a maior parte das nove toneladas de urânio enriquecido do Irã, notadamente os mais de 400 kg enriquecidos com até 60% de pureza — um pequeno passo em relação ao nível necessário para o enriquecimento de armas.
Contudo, o Irã declara que seus objetivos são totalmente pacíficos, embora as potências ocidentais sustentem que não há justificativa civil para o enriquecimento a um nível tão elevado.
A Organização das Nações Unidas afirma que nenhum país realizou tal feito sem antes desenvolver a bomba atômica.
Fonte por: CNN Brasil
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Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.