A oposição no Congresso Nacional manifestou críticas à atuação da Polícia Federal que executou buscas e apreensões na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro e na sede do Partido Liberal, em Brasília.

Parlamentares, em nota assinada por Rogério Marinho (PL), Carlos Portinho (PL), Izalci Lucas (PL), Zucco (PL) e Sóstenes Cavalcante (PL), declararam que as medidas solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente “não se sustentam juridicamente”, violam “princípios constitucionais” e são “rígidas” considerando a ausência de condenação contra o ex-mandatário.

Não há condenação. Não existem provas inequívocas de crime. Há, sim, uma escalada autoritária e o uso do aparato judicial como instrumento de repressão política. Trata-se de um movimento perigoso, que ameaça as bases do Estado de Direito e transforma a divergência em delito.

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O choque com o período anterior é notório. Em 2016, Dilma Rousseff proferiu pronunciamento na ONU para apontar uma suposta trama. Em 2017, representantes legais de Lula atuaram na Europa para questionar decisões do Poder Judiciário brasileiro. Em 2018, a defesa do ex-presidente recorreu à ONU para evitar sua detenção, enquanto ele próprio, mesmo condenado, podia viajar ao exterior para apresentar denúncias contra instituições brasileiras – sem enfrentar qualquer censura, prisão domiciliar ou restrição de fala. Por que, então, se trata com tamanha inflexibilidade um ex-presidente que sequer foi julgado?

Ademais, sustentam que a operação se configura em uma cortina de fumaça que esconde as últimas notícias do atual governo Lula. Concluem a nota afirmando que Jair Bolsonaro é alvo de “perseguição”.

Uma cortina de fumaça obscurece o caos econômico e moral existente no país, desviar a atenção para perseguições políticas seletivas.

Operação PF

Durante a operação, agentes apreenderam aproximadamente 14 mil dólares na residência do ex-presidente, em Brasília.

Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), também ordenou o uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro. O ex-presidente também fica impedido de entrar em embaixadas estrangeiras, proibição de contato com os filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro, e precisará cumprir recolhimento domiciliar noturno.

Bolsonaro afirmou o seguinte.

Em nota, a defesa do ex-presidente declarou ter recebido com “surpresa e indignação” a imposição das medidas cautelares.

A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro manifestou surpresa e indignação com a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário, afirmaram os advogados de Bolsonaro.

Na entrevista a jornalistas na manhã desta sexta-feira (18), Bolsonaro declarou que não pretendia deixar o país e que se sente envergonhado, além de ser alvo de perseguição.

Sob a supervisão de Fernanda Tavares.

Fonte por: CNN Brasil