Operários do metrô de Buenos Aires apontam para exposição ao amianto como causa da morte do maquinista
Operários entraram em greve na segunda-feira após o falecimento de um maquinista; a empresa afirma não ter certeza se a substância cancerígena causou a …

Os trabalhadores do metrô de Buenos Aires, na Argentina, realizaram uma greve de três horas na segunda-feira (4), em razão da morte de um ex-maquinista por câncer de pulmão, que eles atribuem à exposição de amianto detectada em vagões e instalações do transporte portenho.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os metrôviários declararam que a ação foi realizada em sinal de respeito ao falecimento de Walter Berhovet, maquinista especialista que atuou na linha D do transporte de passageiros e estava na lista de 114 funcionários considerados expostos a amianto no ambiente de trabalho.
A perda do nosso colega nos causa tristeza e revolta, considerando que poderia ter sido evitada: o amianto é proibido na Argentina desde 2003, declara o comunicado da Associação Gremial de Trabalhadores do Metro.
Leia também:

Análise: Medida de prisão domiciliar aplicada a Bolsonaro pode resultar em novas sanções dos EUA

Gaza enfrenta aumento de mortes decorrentes da fome e de indivíduos em busca de assistência

Executivo israelense destitui promotora e Supremo Tribunal suspende processo
Os trabalhadores do metrô alegam que, por muitos anos, trabalharam sem conhecimento da presença de amianto e que a empresa de transporte e as autoridades negaram a existência da substância cancerígena na rede até que o sindicato comprovasse que alguns trens da frota de Buenos Aires continham esse mineral, que havia sido empregado como isolante.
Com informações da CNN em espanhol.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Presença de amianto no metrô
Conforme dados da associação, cinco trabalhadores perderam a vida, ao longo dos anos, devido à exposição à substância cancerígena no metrô de Buenos Aires.
Em 2021, Jorge Gabriel Pacci, com 55 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de pleura, a membrana que reveste os pulmões. Ele faleceu nove meses após o diagnóstico.
Segundo o Instituto Nacional dos Estados Unidos do Câncer, o amianto é a principal causa dessa doença. Durante décadas, esse mineral foi empregado na fabricação de trens, embarcações e em outras indústrias, incluindo a construção, devido à sua capacidade de isolar temperaturas extremas.
Após a denúncia da presença da substância em vagões do metrô, em 2018, foi formada uma comissão pela administradora do transporte público, pela Emova, por sindicatos, pela Agência de Proteção Ambiental, pela Superintendência de Riscos de Trabalho e outros organismos, mesmo tendo sido proibida na Argentina em 2003.
A frota inteira foi avaliada e implementados processos para a remoção de amianto, com a responsabilidade de empresas especializadas em diversas áreas, enquanto as demais instalações foram analisadas e iniciaram os tratamentos, além de estudos de qualidade do ar nos ambientes de trabalho terem sido realizados, conforme afirma a Subterrâneos de Buenos Aires, empresa municipal que administra o metrô.
A empresa afirma que as dosimetrias de amianto sempre estiveram muito abaixo do limite estabelecido na legislação.
A empresa declara que a remoção de amianto de diversas frotas de trens foi concluída, e o procedimento também foi executado em instalações do metrô. O programa de eliminação de amianto, contudo, permanece em curso.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
Aqui no Clique Fatos, nossas notícias são escritas com a ajudinha de uma inteligência artificial super fofa! 🤖💖 Nós nos esforçamos para trazer informações legais e confiáveis, mas sempre vale a pena dar uma conferida em outras fontes também, tá? Obrigado por visitar a gente você é 10/10! 😊 Com carinho, Equipe Clique Fatos📰 (P.S.: Se encontrar algo estranho, pode nos avisar! Adoramos feedbacks fofinhos! 💌)