Operadores de sistema revisam para baixo a estimativa de demanda por energia em 2025
As autoridades competentes esclareceram que a diminuição se deveu, sobretudo, ao registro de temperaturas mais brandas entre abril e julho.
O Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisaram a previsão de crescimento da carga (consumo de eletricidade + perdas elétricas do sistema) neste ano para 1,9%, ou 81.542 megawatts médios (MWmed), em relação a 2024.
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As autoridades setoriais apontaram que a diminuição se deveu, sobretudo, ao registro de temperaturas mais brandas no período de abril a julho, o que diminui a necessidade de energia para o resfriamento de ambientes.
A revisão foi realizada considerando o aumento da premissa de crescimento para a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que passou de 2,2% para 2,3% neste ano. A revisão do PIB foi influenciada pelos resultados superiores ao esperado no primeiro trimestre do ano e pela resiliência do mercado de trabalho, mitigando os impactos do cenário de maior pressão inflacionária e da continuidade da política monetária restritiva, conforme explicaram.
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Operadores do setor elétrico já aguardavam uma queda nas previsões, conforme revelou o Termômetro Broadcast Energia.
Os dados são referentes à Segunda Revisão Trimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética 2025-2029. Outros anos do estudo também tiveram ajustes. Para 2026, houve uma redução na carga estimada de 189 MWmed, ou 0,2%, para 85.398 MWmed. Para os anos subsequentes, observou-se um aumento na projeção de carga, entre 0,2% e 0,4%. Em média, em relação ao planejamento anterior, divulgado em abril, houve uma redução média anual de 119 MWmed, ou 0,2%.
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Assim, os órgãos do setor elétrico projetaram um crescimento médio anual de 3,5%, o que fará com que o SIN alcance o fim de 2029 com uma carga de 94.958 MWmed.
Na análise por submercados do Sistema Interligado Nacional, o Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de demanda do país, deverá crescer 3,3% ao ano até 2029. Já o Sul avançará em linha com a média nacional: 3,5%. O Nordeste terá expansão de 3,9%, enquanto o Norte ampliará a carga em 4,1% ao ano, em média.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












